sexta-feira, 26 de março de 2010

dia de troca de programação


quando você começa a pensar muito, escrever muito ou fazer terapia, depois de um tempo percebe que você nada mais é do que o mais comum dos mortais, nada de extraordinário.
seus medos e sonhos são comuns a boa parte das pessoas.
você pode sim ter experiências diferentes em diferentes fases da vida, mas no final, a vida vira um grande liquidificador ou mixer que mistura tudo e o resultado é óbvio: milheres e milhares de pessoas já sofrerem pelo mesmo, já ficaram felizes até mesmo ao mesmo momento ou descobriram algumas coisas comuns como você.
eu sempre disse que esse papo de ser especial é balela. todo mundo é especial pra alguém. me apropriando de um caso comum, tenho certeza de que quando a mãe da garota supostamente morta pelo pai olhou pra ele nas primeiras vezes, ele era especial pra ela. tanto que tiveram uma filha juntos.
e isso também me faz pensar em como as coisas mudam ou duram pouco na vida da gente. de repente, você acha que não vai viver de jeito nenhum sem alguém. e, momentos depois, esse alguém já era.
um simples olhar pode mudar tudo.
as palavras também. as ações.
a distância entre o fim e o começo está tão perto que a gente quase nunca vê ou pressente. e, aí, te pegam de surpresa.
óbvio que passar a ser especial é bem mais gostoso, mas ainda não dá pra escolher.
enquanto isso, temos que deixar que a vida nos leve.
de preferência, pra caminhos também mais leves.

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