domingo, 24 de janeiro de 2010

esse homem merece uma foto do tamanho do mundo!!!


“Ele é o cara mais importante do qual você nunca ouviu falar”. Esta foi a definição dada pelo cineasta norte-americano Greg Barker em uma de suas muitas entrevistas à imprensa internacional sobre o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Greg Barker dirigiu o documentário ‘Sérgio’, um dos quinze pré-indicados ao Oscar em 2010.
“Seu grande objetivo era promover a dignidade humana, a dignidade de pessoas comuns ao redor do mundo. Ele acreditava em dialogar com os caras maus, dialogar com pessoas cujas ações eram questionáveis, porque acreditava que você tem que ir a campo, sujar as mãos e tentar conseguir realizar as coisas. E eu achei que era uma mensagem muito interessante, informativa e inspiradora. Era o tipo de história que eu queria contar”, diz Greg Barker. ”Havia alguma coisa na habilidade de Sérgio de ver o mundo não em preto e branco, bom versus mal, mas em vários tons, e perceber que eram precisamente as complexidades, as nuances do mundo, que muitas vezes são desconfortáveis e moralmente ambíguas, que podem oferecer a oportunidade de atingir real progresso.”

http://www.sergiovdmfoundation.org/

minha vida sem mim


tem horas em que olho pra minha vida como se ela não fosse minha. será que alguém mais faz isso?!?!
bem, não teria do que reclamar: meus pais me deram um educação acima da média pra um país como o nosso. não digo só educação acadêmica, mas as outras que complementam. não fui educada pra ser arrogante, ainda que muitos achem que eu sou. mas eu não sou, depois de 5 minutos você percebe.
tenho sim um discenimentos diferenciado e sou muito crítica. tanto em relação a mim como em relação aos outros.
estudei demais, li demais, vi filmes demais, viajei demais, conheci gente de todos os tipos.
tenho uma vida que muitos iam gostar, viver sem reclamar, sem crises.
faço terapia, como bem, vivo bem.
quem me vê por aí e não me conhece, pode até sentir uma pontinha de inveja.
nã sou modesta porque acho hipocrisia. tenho orgulho das minhas conquistas e até dos meus desacertos porque me fizeram uma pessoa melhor.
enfim, como disse, não tenho do que reclamar.
então, de onde será que vem esse vazio no peito?

sábado, 23 de janeiro de 2010

saiu na folha!!!



Comunidade internacional desqualifica capacidade dos haitianos, diz antropólogo brasileiro

O antropólogo Omar Thomaz avalia que a comunidade internacional está repetindo, neste momento de emergência no Haiti, erros que já ocorriam desde o início da ação da Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti) - o principal deles é desconsiderar as instituições e organizações haitianas. Thomaz é professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e integrava um grupo de pesquisadores brasileiros que acompanhou de perto os primeiros momentos após o terremoto que destruiu Porto Príncipe, capital do Haiti, e provocou milhares de mortes.

"A comunidade internacional é autocentrada. Os personagens no terreno têm dificuldade em se relacionar com os políticos locais. Após o terremoto, ficou evidente que a Minustah não tem canal com a comunidade haitiana", disse ele.

Um dos exemplos mais radicais dessa separação é o fato de os médicos haitianos não estarem integrados nas ações da ajuda internacional. "Por que as entidades internacionais não entram em contato com os médicos haitianos?", pergunta.

Para Omar Thomaz, há uma espécie de "presunção" da comunidade internacional de que não há profissionais capazes no Haiti de atuarem como parceiros. "Isso está errado. Há comércio no Haiti, e foram os comerciantes locais que forneceram primeiramente os alimentos para a população. Aquilo que aparece na TV como caos é a comunidade haitiana tentando se organizar", afirma.

Thomaz cita como exemplos de organização a Fokal, instituição mantida pela ex-primeira-ministra haitiana Michelle Pierre-Louis, que manteve a única biblioteca pública funcionando em Porto Príncipe após o terremoto, as cooperativas de camponeses nos arredores da capital, que mantiveram o fornecimento de hortaliças, e a Fokaze, uma organização de microcrédito, a Zanmi Lasante, organização que reúne médicos haitianos, e a Crose, uma coordenação regional de organizações do Sudeste do páis.

Para Thomaz, há "personagens intelectuais" haitianos agindo, e esses nomes têm de ser contatados e incorporados pela ajuda internacional. Para ele, também, a comunidade internacional não pode transformar o presidente René Préval num "banana". "Isso não ajuda. Ele não é visto assim pelos haitianos", diz. "Ele está 'perdido' porque perdeu quase todo o ministério no terremoto. Mas ele tem de fazer parte das decisões."

O antropólogo reconhece que a margem de manobra das instituições haitianas é limitada. Mas afirma que a ajuda internacional só pode funcionar se elas forem incorporadas. "A ajuda chega ao aeroporto, mas não há quem a distribua. As organizações internacionais não conhecem o Haiti, mas os haitianos conhecem. É preciso deixar de ver os haitianos como vítimas passivas, eles são vítimas ativas. Não se pode fingir que não existem elites, que não existe universidade no Haiti. Isso é mentira.

a filosofia do mandiopan


nunca vou me esquecer de quando, aos quinze anos, li "feliz ano velho", de marcelo rubens paiva. a idéia de um carinha daquela idade estar confinado pelo resto da vida a uma cadeira de rodas me incomodava e muito.
uma das coisas que também não me esqueço era uma das coisas que o enfermeiro dele dizia: "não esquenta a cabeça senão caspa vira mandiopan". pra quem não é da época, mandiopan foi o primeiro "salgadinho" fabricado no brasil e, mesmo tendo a fama de ser encharcado de óleo - não existia a gordura trans - fazia o maior sucesso nos anos 80. eu adorava a "filosofia" por trás da frase.
e devo estar distribuindo mandiopans por onde passo, ainda que não tenha caspa.
minha cabeça anda cheia, decisões daqui e dali, atitudes a serem tomadas e eu sem coragem, sem vontade, sem o menos tesão pra nada.
bem, marcelo rubens paiva virou escritor de sucesso. continua na cadeira de rodas, mas ninguém parece nem notar, o que acho sensacional. fui fã dele durante muito tempo. agora, separo o escritor da pessoa e vejo que ele deve ser uma ótima pessoa, mas feliz ano velho foi o único livro que li, além de algumas colunas que ele escrevia em algum jornal que não me lembro.
o mandiopan sumiu do mercado.
e eu continuo esquentando a cabeça e me lembrando da frase.
por hoje, ao menos, vou seguir o conselho do tal enfermeiro. deixar qualquer preocupação de lado, inclusive a da gordura trans, e ficar na minha, sossegada, tranqüila e deixando a vida me levar, lembrando - é lógico - do grande zeca pagodinho.
falei!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

é simplesmente disso que eu falo



Anna Zizi, de 70 anos, foi resgatada dos escombros da Catedral de Porto Príncipe duas horas antes de completar exatamente uma semana da ocorrência do terremoto que devastou o país.
Hotteline Losama, de 25 anos, sorri após ter retirada com vida dos escombros de um edifício que ruiu. Ela foi socorrida na noite de terça-feira (19)

Mais de uma semana após a tragédia no Haiti, sobreviventes ainda são resgatados dos escombros pelas equipes de resgate. Um bebê de 23 dias foi retirado com vida de uma casa de Jacmel, sul do Haiti, por uma equipe de socorro francesa, informou nesta quarta-feira a rádio France Inter.
O bebê, uma menina chamada Elisabeth, foi descoberto numa cavidade sob as ruínas da casa depois de cinco horas de esforços. Um tio da menina informou que ela tem 23 dias de vida. A criança foi levada para um hospital de campanha montado pelos norte-americanos.
A haitiana de cerca de 70 anos foi resgatada dos escombros da Catedral de Porto Príncipe por bombeiros mexicanos que se emocionaram ao ouvi-la cantando depois de uma semana soterrada.
Os socorristas se abraçaram chorando enquanto a senhora, coberta de pó, era colocada numa maca improvisada onde recebeu soro intravenoso e um cobertor térmico antes de ser levada para um hospital.
"Nunca perdi a esperança. Nunca. Rezamos muito", afirmou o filho de Zizi, Maxime Janvier, entrevistado nos Estados Unidos pelo canal CNN pouco depois de receber a notícia.
"Ela estava consciente e até nos ajudou no resgate fazendo força para sair mais rápido", contou Thiery Cerdán, do grupo Socorristas Sem Fronteiras, que trabalhou junto com bombeiros haitianos e uma equipe americana nesse resgate que durou mais de nove horas.
"Conseguir tirar alguém vivo sete dias depois é algo extraordinário", explicou Bruno Besson, outro socorrista.
As equipes de socorro internacionais salvaram até o momento 121 pessoas presas nos escombros do terremoto que devastou o Hati na terça-feira (12), segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pela Agência de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
Muitos sobreviventes foram retirados dos escombros na terça-feira, uma semana depois da catástrofe, afirmou a porta-voz da OCHA em Genebra, Elisabeth Byrs. "São os salvos por um milagre no sétimo dia", afirmou.
De acordo com o último balanço do governo haitiano, já são 75 mil mortos, 250 mil feridos e um milhão de desabrigados na tragédia.

domingo, 17 de janeiro de 2010

o sono e os sonhos



sei lá. tenho dormido muito. e sonhado também.
tudo bem que sou daquelas que sonha acordada, que transforma coisas bobas em momentos dignos de almodóvar, mas tenho me superado.
tem aquelas teorias de que sonhos são reflexos de seus desejos. outros dizem que sonhos são mensagens do seu subconsciente sobre coisas que aconteceram. bem, teorias não faltam.
sinceramente, pra mim, meus sono e meus sonhos têm servido muito bem a uma coisa muito, muito simples: me colocar de novo em sintonia com um mundo que vive desintonizado. porque, vamos combinar: é tanta tragédia que o jornal nacional vai passar a ocupar o horário de todas as novelas. e a forçação de barra dos repórteres pra fazer de todos os fatos momentos repletos de emoção, espírito de coragem e luta.
e, cá fico eu pensando só uma coisa: como aconteceu em nova orleans com aquele furacão e agora com porto príncipe com esse terremoto e outras tragédias mais, quem lembra de tentar preservar a cultura desse povo? em meio a tanta tragédia, alguém já parou pra olhar pra mulher que abre o maior sorrisão assim do nada, no meio de tanta tristeza? e as cores? esses lugares devastados são coloridos, alegres, ainda que em meio a escombros.
eu acho uma puta sacanagem forçar momentos kodak de tristeza com a tragédia de um povo que se caracteriza pela luta e alegria que são a sua força.
menos tragédia e mais realidade.
e deixe os sonhos comigo, porque sonhar com o javier bardem não é sempre nem pra qualquer um.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

por que o simples é tão complexo?


em muitos momentos, a procura de uma vida simples não é nada, nem de longe, simples ou fácil.
as pessoas simplesmente não se entendem, ou procuram não se entender, você tem que se repetir várias vezes(se tornando um chato, é claro), você tem que explicar e, se bobear, nem desenhando o outro acredita.
agora, vamos combinar: perda de tempo ou o que?
poxa, viver é a melhor coisa do mundo. ou o sentido do mundo pra que ele exista. pra que fazer pirraça e estragar tudo perdendo dias, semanas, meses, em discussões vazias e intermináveis?
não adianta.
admita que ninguém sente ou pensa igual a você e siga sua vida tranqüilo, distribua sorrisos, seja gentil. é o mínimo que podemos fazer pra viver em paz.
já fui terrivelmente orgulhosa e brigüenta e chamada de kamikaze uma infinidade de vezes. vamos atualizar, né?!?! mulher-bomba!!!
mas, será que dá pra facilitar?
já tá um calor do cão. pra que alimentar discussões calorosas e sem sentido.
continuo insistindo:
EU SÓ QUERO É SER FELIZ!
se não concorda, "dá licença que eu quero passar!".

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

o profeta gentileza


a vida é mesmo engraçada.
como diria um antigo conhecido: não é pra me "gambar" não, mas acho que faço as coisas certas. (ele também dizia que ia distrair o dente e outras dessas!!!).
eu sinceramente não me incluo no segmento das pessoas interesseiras. nunca faço nada, nem digo nem sorrio se inicialmente não achar que a situação merece.
e vivo mesmo fazendo as coisas sem pensar. faço primeiro, depois, se der tempo, eu penso.
se sou impulsiva, tudo bem. posso conviver com isso.
mas é bom demais quando você sente os resultados das suas ações. são pessoas que ficam sem te ver e ficam preocupadas. ou com saudades, sentmento dolorido mas gostoso demais porque só se sente saudade daquilo que é bom. uma delícia quando você recebe um abraço cheio de carinho. ou quando te pedem um braço simplesmente porque é gostoso.
são pessoas que a gente conquista sem saber. é o fazer bem sem saber a quem. um gesto de respeito e educação, coisas cada vez mais raras.
eu posso mesmo ser anacrônica ou sonhadora demais e ainda acreditar nas pessoas. porque nunca deixo de fazer o que gostaria que fizessem por mim.
mas, de verdade, sou um tanto egoísta. porque muito do que faço é para a minha própria satisfação, pro meu crescimento.
gosto de ajudar, de ouvir, de sorrir, de ser gentil. acredito mesmo que gentileza gera gentileza.
e, nessa semana que tinha tudo pra dar errado, não é que tá dando tudo muito certo?!
obra do destino?

respeito, compaixão e educação. passe adiante.
(todo mundo gosta, não engorda e faz muito bem!!!).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

rir é bom demais!!!


decididamente, eu tenho problema.
não um, nem dois... sem números.
quase morro todos os dias pra dormir e acordar. e o dia se arrasta. eu poderia começar listando uns mil motivos pra chorar, me descabelar, perguntar "por que eu, por que comigo?!", mas, como diria mafalda, estou sem saco pra sutilezas.
o lance é que gosto de gente, de conversar, de falar alto e rir muito.
se é loucura ou não, eu me divirto sozinha. principalmente na rua, observando os outros.
aí, me pergunto: e se alguém olhar pra mim olhando pra alguém e rachando o bico?
aviso aos navegantes: me pergunte que conto toda a historinha que já criei na minha cabeça e faz de uma simples passante uma figura inenarrável.
simples assim: eu não nasci pra ser triste.
e rir continua sendo um puta remédio!

domingo, 3 de janeiro de 2010

continuando em 2010!!!


ano novo. vida nova.
e eu lá quero uma vida nova? passar por tudo de novo, aprender, errar, acertar, sorrir, sofrer, esquecer, lembrar, conhecer, blá blá blá?!?!?!?!
não, tô bem com essa aqui mesmo.
só eu sei o trabalho que deu chegar até aqui.
e, surpresa pros desavisados, eu AMO a vida que tenho.
pode ter lá seus dias ruins, seus problemas, suas pedras no caminho... mas fui eu que a construí.
foi juntando pedacinhos daqui, encaixando ali, dando uma empurradinha naquele outro e reservando sempre um espacinho pro inesperado, que cheguei aqui.
e me sinto satifeita. não completamente realizada, porque ainda não cheguei ao final. nesse eu ainda nem quero pensar.
só quero pensar que acima das nuvens sempre tem um céu azul ou um céu cheio de estrelas.
que ainda posso contar com o sorvete de suflê de chocolate da vanesa.
que minha gatinha dorme docemente no meu colo enquanto escrevo e que isso me traz calma, paz e vontade de continuar.
sim, continuar. recomeçar pode parecer difícil e um desafio.
mas o real desafio pra mim é continuar, sabendo dos meus erros e acertos, do que ainda falta fazer e do que fiz de errado.
é isso. parei.
e, pensando nessa história de recomeçar, juro que não vejo a menor graça nela.
não há como recomeçar com tantas alegrias vividas, choros, segundos inesquecíveis, esforços que a gente fez pra esquecer chatices.
pra mim, a grande vitória é conseguir continuar. mesmo sabendo que estou longe da perfeição e que posso errar daqui a 5 segundos.
pronto! parei por 5 segundos e não fiz nada. não errei! ponto pra mim.
mas sei que não posso parar a cada 5 segundos pelos próximos 365 dias, ou 362, sei lá, pra não errar.
por isso, vamos continuar.
é vivendo que se aprende. e não recomeçando o tempo todo ou a cada ano.
feliz ano novo! e que continuemos nossos caminhos em paz!