sexta-feira, 8 de agosto de 2014

eu te daria o céu

eu daria tudo por... quem já não disse ou pensou nisso ao menos uma vez na vida?!
eu já.
e hoje penso de novo.
sim, eu daria tudo pra voltar atrás e não ter sido arrogante, petulante, incrédula, inacessível, metida e outros adjetivos pejorativos que se aplicam ao mesmo tema: achar que aquilo que alguém acabou de te dizer é bobagem, mentira, tolice. sim, agora, eu daria tudo e mais o pouco que tivesse pra ter coragem de simples dizer sim, de simplesmente acreditar que aquilo tava sim acontecendo, que aquilo era possível, que aquilo era verdade, que aquilo era real.
e era até fácil.
bastava eu descer do meu pedestal de musa da sabedoria e dona da verdade e acreditar em um simples "me apaixonei por você assim, por nada, do nada, sem porque, nem data nem hora." e foram felizes para sempre.
mas não, eu tive medo. tive medo de achar que o desafio de ser aquilo que achavam que eu era não poderia ser vencido. mas... que desafio? o que eu tinha feito até então que não fosse ser apenas eu?!
será que eu era assim tão pouco que não merecia?
será que a minha realidade era assim tão pobre?
será que o que eu sentia era tão pouco?
não. juro que não. eu sei até onde vai meu poder de gostar, de amar, de fazer, de sentir e sei que, além disso, tudo isso vai além do que eu acredito.
eu mereço sim.
eu mereço ser amada, admirada, olhada com olhos cheio de ternura e até, por que não, olhos que lacrimejam.
lágrimas que surgem simplesmente pelo fato de que eu estou ali. sou real. sou feita de carne, osso e sentimentos. bons, ruins. sou falível, mas posso ser perfeita. sim, eu posso ser perfeita pra alguém que pode ser perfeito pra mim.
e, hoje, eu penso em você, tão longe, é penso: "sim, eu te daria o céu, meu bem, e o meu amor também".

segunda-feira, 26 de maio de 2014

piegas?! sim. mas, por que não?!






ai ai ai





Coração-bobo
Coração-bola
Coração-balão
Coração-São-João
A gente
Se ilude, dizendo:
"Já não há mais coração!"...



putz, por que a gente acredita quando não deve e desacredita quando também não deve?!
porque amigos também amam, confiam, traem, ficam tristes, desconfiam e se iludem.
eu já devia ter pensado que meu coração sempre funciona como meu cardiologista me disse: em repouso, ele funciona bem. se eu me levanto e me coloco em movimento, eu me ferro. caio. levo um tombo.
eu confiei. me estrepei.
a mentira é uma estrada sem volta e, ao preferir mentir, as portas e retornos vão se fechando, se acabando...
a desilusão e a tristeza me roubam as palavras, sinceramente. portanto, deixo que alceu valença fale por mim.


sábado, 8 de março de 2014

abençoados os que esquecem


ah, como eu queria ter todas as respostas pras minhas perguntas na vida!
e nem são tantas assim, já que eu não penso tanto assim. mas, poxa. por que eu faço coisas das quais me arrependo logo depois? por que eu não assumo o  que sinto ao invés de inventar uma desculpa inteligente e sair pela tangente. por que eu não olho direto nos olhos de quem me atrai. por que eu me escondo tanto nesse quarto e nesse notebook? por que apenas eles me conhecem como eu sou?
porque eu tenho medo e, por isso, minhas perguntas são poucas.
eu não quero mais querer pra sofrer depois. eu não quero mais amar pra depois ter que aprender a deixar de amar e sentir aquele vazio que sei que nada nunca mais vai preencher.
eu não queria ser inteligente nem ter lido tanto nem visto tantos filmes. eu não queria saber que sabrina com harrison ford é refilmagem e quem fez o mesmo personagem na primeira versão foi humphrey bogart e ainda tinha o maravilhoso william holden.
seria tão mais fácil me preocupar com as festas top da cidade, saber quantas séries eu devo fazer pra ficar assim ou assado.
putz, tô cansada. cansada de ser eu. e aqui, nem sou quem eu sou de verdade.
mas estou cansada de ser as duas, ou as várias que tenho dentro de mim.
meu deus, por que eu não acordo com uma terrível amnésia amanhã e começo tudo de novo?!
por que aquele filme que não me lembro o nome mas que é o verso de uma poesia com aquele ator engraçadinho não é de verdade e a gente pode apagar as lembranças que a gente não quer mais ter?
brilho eterno de uma mente sem lembranças.
essa é a resposta pras minhas perguntas!

“Feliz é a inocente vestal
Esquecendo-se do mundo e sendo por ele esquecida
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança."

(alexander pope)



domingo, 23 de fevereiro de 2014

e são 34 anos e nove meses!!!




isso. 34 anos e 9 meses de dois corações que batem e vivem juntos. que riram, sofreram, se divertiram, brigaram, ficaram de mal e fizeram as pazes. dois corações que vivem um no outro.
é. é assim com mãe e filho, não adianta nem sentir ciúme: mãe e filho é o tipo de coisa que não se encontra igual. diferente de tudo. é uma coisa única, inigualável e linda!
hoje é aniversário de um amigo meu. amigo de longe mas que tá sempre perto. parabéns pra ele?! não, me desculpe, mas parabéns pros dois: mãe e filho. hoje, depois de muitas risadas, lágrimas, vais e vens, os dois estão juntos, como sempre estiveram, mesmo que ninguém se desse conta.
ele, superando uma cirurgia feita há quase 2 meses. ela, se convalescendo de uma outra cirurgia feita há pouco mais de 2 dias.
mas, "quem quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? e quem irá dizer
que não existe razão?"
sim, quem vai se atrever a dizer que o coração guerreiro, generoso, experiente e vivido dela não bate no peito dele também?!
atreva-se e eu jogarei a primeira pedra!
mãe e filho não tem explicação. é pura emoção. é coração. e corações, uma vez que fizeram parte do mesmo corpo, nunca se separam. e enfrentam tudo de frente. com a força que só o amor faz nascer.
hoje começa um novo ano pra dois novos corações! e que venham as brigas porque depois vem a paz!


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

é difícil e não é fácil!!!


sim, era isso que aquele treinador de boxe já bem "experiente" me dizia enquanto eu enfaixava as mãos antes dos treinos. "é, menina. além de não ser fácil, é difícil." mal sabia ele que tantas faixas eram porque eu estudava piano e tocava há 15 anos, mesmo tendo só 20.
eu nunca me esqueci dele nem da academia meio (bastante) ensebada do centro da cidade, aquela que dava pra pagar, né?! era só mais uma coisa pra liberar toda a energia que tinha guardada dentro de mim desde que eu tinha nascido. tudo sempre foi muito rápido.


ainda me pergunto por que a minha mãe não me educou pra ser dondoquinha, não gostar de livros e só ler a vogue (que também leio!), "ir às compras", fazer academia, ter 3 filhos depois de ter me casado com aquele colega legal do colegial que agora administra os "negócios" do pai?
não foi assim. foi uma sequência de escolas, faculdades, cursos, viagens, trabalhos, noites sem dormir e palavras. um mundo de palavras tentando explicar - nem que fosse pra mim mesma - o que era aquilo que me fazia levantar no meio da noite e organizar de novo meus sapatos.
não encontrei tais palavras. tudo porque, além de não ser fácil, é difícil.
é isso. falei.


domingo, 2 de fevereiro de 2014

parte 2 o escambau!!!


ai, eu até pensei que ia escrever a parte 2, 3 e muitas mais sobre o que as mulheres querem, mas não...
fico impressionada com a cara de pau dos homens. pra que eles existem, além de nos decepcionar? pra me chamar de "mal comida" ou "mal amada" como já aconteceu várias vezes quando eu saio em defesa de alguma das minhas amigas? ou praquela clássica do trânsito: só podia ser mulher, né?! ô barbeira! sem falar de ser sempre o motivo básico de qualquer atraso: ela não sabia o que usar...
NÃO, BASTA!!! homens existem pra trocar lâmpadas, levar o carro no mecânico, encher a geladeira de cerveja até fazer o nosso sorvete derreter e pra dormir depois do jogo de domingo.
não tenha dúvida e nem precisa perguntar: eu tô sim de SACO CHEIO do gênero masculino.
e depois falam que a gente é complicada. ah! tem dó. mulher é mais ou menos como planta: precisa de água, amor, cuidado, atenção, boas roupas, sapatos e bolsas, bons perfumes,  bons jantares, jóias e flores. é muito?! até o mais infeliz paquiderme é capaz de entender isso.
mas, NÃO ADIANTA. o suposto cérebro masculino não entende. olha pro lado e faz aquela cara tipo "será que era comigo?!"
sim, esperto. é com você sim. você que deixa o tubo de pasta de dente (vamos combinar: quantas pessoas que falam "creme dental" você conhece?!). você que deixa um pedacinho mínimo de papel higiênico no rolo só pra não ter que trocar. você que se esquece que nem todo azul é simplesmente azul e que tem vários tons de azul. você que acha tudo bem entrar no cinema depois que o filme começou porque você estava esperando o último pênalti a ser cobrado no campeonato da décima quinta divisão. sim, você - cara esperto - que não sabe quando a mulher é loira de verdade ou tem um ótimo colorista.


resumindo: o que as mulheres querem são apenas homens espertos, inteligentes, cheirosos, de bom gosto e gentis. a gente sabe que tá tudo incluído aí porque em esperto cabe 15 sub-itens e nos outros requisitos também. nem precisa ser o james bond. nem o daniel craig... (aff!!!)

na boa. eu troco a lâmpada, mas, por favor, para de pisar na bola.
pronto. falei.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

o que elas querem? parte 1



tô cansada de ouvir meus amigos dizendo que "afinal, o que vocês, mulheres, querem?".
putz, caramba. o que a gente quer? é simples... vou resumir antes de desenhar, ok? qualquer coisa, eu desenho depois...
a gente sabe que, em tese, o que a maioria dos homens gosta é de: tomar umas com os amigos, jogar um futebolzinho com os amigos, falar das gostosas do clube com os amigos e falar um monte de besteiras com os amigos. básico.
a mulher é sim um pouco mais complicada. mas, pra facilitar pros homens, eu simplifico.
as mulheres gostam de: homens que, depois das cervejas com os amigos, lembre de chegar em casa tranquilo, tome um banho, fique cheiroso e, ainda que seja pra  só uma taça, tenha um bom vinho a mão.
tudo bem... que ele jogue o futebolzinho com os amigos, não tem erro um monte de homem brincando e xingando feito um louco. até faz bem pras pernas, que ficam mais grossinhas!!!
mas, nas outras 5 ou 6 noites da semana, tem outras coisas que podem oferecer ótimas opções de diversão: cinema, restaurantes, teatro, tomar um sorvete na praça ou até ficar em casa, assistindo aquela comédia romântica bobinha que arranca aquela risada gostosa que fez ele se encantar tanto. e continua fazendo.
outra: a gente (nós, as mulheres) sabe que as "gostosas do clube" podem nem ser tão gostosas assim, mas a grama do vizinho é sempre mais verde (ou da vizinha, só pra lembrar...). portanto, segue o manual básico e olhe bem pra ela e perceba que mesmo aquela ruguinha nova que ela reclama tanto a deixou ainda mais charmosa, coisas que só a maturidade oferece.
e, sobre as besteiras, a gente deixa só pros amigos. porque, deus do céu, ninguém merece. mas a gente até aguenta se valer uma troca por uma ida ao shopping ver aquela sandália maravilhosa que custa quase que literalmente os olhos da cara!
deu pra entender ou ainda tá difícil?!?!
e ainda dá pra resumir numa linha: o que toda mulher quer é só um homem que olhe pra ela e que continue olhando e descobrindo novas rugas e novas paixões. e que alimente essas paixões.
nada vive por si só. é preciso dois pra que um amor ou uma paixão sobreviva. então, cara, seja inteiro. se entregue por inteiro. se ela não perceber e der valor pra isso, oba! mais um HOMEM de verdade que uma mulher de MENTIRA não soube reconhecer.
ainda precisa do desenho?

domingo, 12 de janeiro de 2014

ah, sophie...






ah, sophie, sophie. que saudade de você, sophie... me peguei falando assim, agora, enquanto sei lá o que fazia. foi uma saudade tão branda, tão tranquila, tão distante daquela sophie atormentada, sofrida, triste.
não que essa sophie de agora, desse exato momento, esteja vivendo num mar de rosas, ao som de danúbio azul. nada disso.
mas, o ponto de vista, o ângulo de visão, as reações, as decisões, as atitudes, até mesmo o tom da voz ao não concordar com alguma coisa, tudo isso mudou. e foi uma mudança coerente, em etapas, como o fechamento de um ciclo, como a vida, em tese, deve ser.
sem essa de começo, meio e fim porque nenhuma sophie acredita nisso. pra essa e pra todas as sophies que deixaram de maneira clara e sincera seus sentimentos aqui, nessas linhas, a vida é um constante sobe e desce, vira a direita, vira a esquerda, volta e meia, volver.
mas, hoje, um domingo fresco até nessa cidade tão quente, existe uma sophie sossegadinha, tentando burlar essa encrenca desse corretor que fica querendo colocar letras maiúsculas onde sempre existiram letras minúsculas.



é isso. eu vou, volto, ando, e tento de novo, mas tô aprendendo a cair em pé. levantar rapidinho como aquele treinador bonitinho daquele país lá do outro lado do mundo, um tal angelo (belíssimo ragazzo). e eu me pergunto, de maneira solene agora: o que esse treinador com nome e olhar de anjo tem a ver com tudo isso? tudo. tudo ainda que ele não saiba. certos sentimentos não deixam de existir ainda que ignorados, ainda que não sabidos, ainda que não sejam recebidos de braços abertos.
na maior parte das vezes, eles perseveram, eles crescem, eles tomam forma e nos dão forças. eles se tornam a voz dos poetas, o lamento dos músicos, as luzes de um fotógrafo ou o roteiro de belos ou bobos filmes.
mas esses sentimentos continuam, passando de um pro outro, se tornando cada vez mais presentes e mais belos.
é mais ou menos parecido com aquilo que a gente chama de esperança. de fé. de amor. de espera. de romance.
basta. e punto.