segunda-feira, 16 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

tchau



acabou.
hoje é a última vez que abro isso aqui pra escrever. esse blog começou como uma espécie de terapia verbal. me disseram que eu escrevesse o que sentia pra conseguir lidar melhor com meus sentimentos. vai fazer um anos que comecei. exatamente no dia 12 de agosto do ano passado, dia do aniversário daquele que, tenho para mim, foi o único Homem a quem amei de verdade.
mas ele nem outros me amaram. fui uma boba patética na mão de todos que me tiveram nas mãos.
há quase 7 anos vivo angustiada, triste e deixei de ser quem eu sou. comecei a ser como queriam pra não ficar sozinha.
mas nunca me senti tão sozinha como nesses anos ou como hoje, como agora.
não tenho ninguém.
ninguém pensa em mim na hora de dormir.
ninguém sente minha falta ou saudade do meu cheiro. de mexer nos meus cabelos.
estou triste.
terrivelmente triste.
olho pra um imagem derrotada no espelho. não adianta ser loira, branquinha e ter a pele macia. a tristeza vem de dentro e toma o corpo todo.
o brilho nos meus olhos deixou de existir há anos.
são anos de tristeza acumulados.
e, pra ficar falando de tristeza, melhor se calar.
por isso, é o que farei a partir de agora. ficarei em silêncio.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

bolhas de sabão...

ai ai ai ai
não é dor não. é peso. peso de não saber o que eu quero, o que fazer, das coisas que fiz sem querer.
eu sou uma pessoa difícil mesmo.
minha raridade excede os limites de qualquer compreensão, eu diria. como dizem que são paulo tem as 4 estações em um dia, eu tenho tudo isso e muito mais dentro de mim. é o tal do mecanismo complexo.
eu só queria que as coisas fossem realmente simples. sem atropelos. fluissem como um daqueles dias lindos de primavera.
com o sol nem céu azul total sem nuvens.
flores nas janelas.
completamente casinha azul com cercas brancas, sem neuras nem medos nem dúvidas.
tediosa até.
eu não gosto de tédio, mas acho que tô precisando de um pouco de tranqüilidade, de mar tranqüilo sem ondas me levando de um lado pro outro.
calma. paz interior. paz total e irrestrita.
paz no coração que anda dolorido demais.
paz pra viver em paz. paz pra espalhar.
pode até ser uma coisa meio "odara" demais. mas só quero isso, nada mais.
serenidade.

uma leve identificação?!?!

onde queres revólver, sou coqueiro
e onde queres dinheiro, sou paixão
onde queres descanso, sou desejo
e onde sou só desejo, queres não
e onde não queres nada, nada falta
e onde voas bem alto, eu sou o chão
e onde pisas o chão, minha alma salta
e ganha liberdade na amplidão
onde queres família, sou maluco
e onde queres romântico, burguês
onde queres leblon, sou pernambuco
e onde queres eunuco, garanhão
onde queres o sim e o não, talvez
e onde vês, eu não vislumbro razão
onde o queres o lobo, eu sou o irmão
e onde queres cowboy, eu sou chinês
ah! bruta flor do querer
ah! bruta flor, bruta flor
onde queres o ato, eu sou o espírito
e onde queres ternura, eu sou tesão
onde queres o livre, decassílabo
e onde buscas o anjo, sou mulher
onde queres prazer, sou o que dói
e onde queres tortura, mansidão
onde queres um lar, revolução
e onde queres bandido, sou herói
eu queria querer-te amar o amor
construir-nos dulcíssima prisão
encontrar a mais justa adequação
tudo métrica e rima e nunca dor
mas a vida é real e de viés
e vê só que cilada o amor me armou
eu te quero (e não queres) como sou
não te quero (e não queres) como és
ah! bruta flor do querer
ah! bruta flor, bruta flor
onde queres comício, flipper-vídeo
e onde queres romance, rock’n roll
onde queres a lua, eu sou o sol
e onde a pura natura, o inseticídio
onde queres mistério, eu sou a luz
e onde queres um canto, o mundo inteiro
onde queres quaresma, fevereiro
e onde queres coqueiro, eu sou obus
o quereres e o estares sempre a fim
do que em mim é de mim tão desigual
faz-me querer-te bem, querer-te mal
bem a ti, mal ao quereres assim
infinitivamente pessoal
e eu querendo querer-te sem ter fim
e, querendo-te, aprender o total
do querer que há e do que não há em mim

caetano veloso

todo dia!



nem todo dia é dia.
nem todo dia pode.
nem todo dia tem sol.
nem todo dia é fresquinho.
nem todo dia eu te vejo.
nem todo dia eu acordo.
nem todo dia eu sorrio.
nem todo dia eu me lembro.
nem todo dia eu esqueço.
nem todo dia é gostoso.
nem todo dia chove.
nem todo dia tem coca.
nem todo dia tomo sorvete.
nem todo dia tem lua.
mas todos os dias têm luz.
desculpe, escolhi ser feliz.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

lere lere lere


é. a vida nos prega peças.
num dia, muito. no outro, nem tanto.
só tem um jeito pra lidar com tudo isso: tentar, como dizem, viver um dia de cada vez. e não perder a alegria. principalmente, quando ela é uma das suas marcas registradas.
isso falando de mim.
muito gente fala do meu sorriso, ou da minha simpatia meio maluquinha. é, eu sou assim. acho que não ser muito diferente. e, quando sou, exagero.
tudo vira um drama digno de filme europeu.
eu queria mesmo era ser daqueles tipos serenos, que sabem o que dizer na hora certa. mas eu sou desajeitada, desastrada, falo demais, rio alto, choro...
é assim que eu sei viver.
por isso, fico triste mas ainda dou risada e faço piada.
sinto dores rindo.
só eu sei das dores que sinto.
e, agora, uma parte de mim dói. não por mim, mas por outro.
mas eu vou continuar rindo e fazendo piada.