quarta-feira, 28 de outubro de 2009

modismos à parte...


humor negro: não sei porque reclamam tanto dos tsunamis! ops! politicamente incorreta.
bem, a brincadeira sem graça é mesmo pra falar uma coisa simples: vivemos em ondas. ondas de vai e vem. política, religião, futebol, moda, gastronomia.
tudo segue o movimento das marés.
zen demais?!?! olhaí: a palavra zen é um bom exemplo.
introdução a parte, tô passada com o comercial do buscapé, aquele site de busca de preços e etc. até o tal buscapé entrou na onda do reciclável, reutilizável e etc... tipo procure e compre através do buscapé e estará ajudando o meio ambiente, blá blá blá.
propaganda é assim mesmo: vislumbra uma oportunidade e já vira segmento de mercado, nicho
valha-me deus!!!
tudo bem, vou entrar nessa onde também e me tornar reciclável, reutilizável e de consumo consciente.
ou seja, um novo nome pros antiso "ecochatos" que antes eram legais e ficaram "fora de moda".


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

o cansaço nosso de cada dia.

tô cansada.
simples assim: cansada.
nem um super sorvete me faria sair pulando! e eu adoro sorvete. suflê de chocolate da vanessa com banana. sem qualquer outra coisa, se torna uma festa!
mas tô cansada até mesmo pros sorvetes.
sei lá porque. só sei que tenho uma longa semana sem a menor graça. médicos, exames, dentista, terapia dupla. é nisso que minha vida se tornou. uma longa e contínua seqüência de semanas sem graça e sem sorvetes.
numa dessas idas e vindas, passei dias movida a sorvete. e a garota atrás do balcão se espantava ao me ver cada dia mais magra. mesmo com os sorvetes.
e, se ao comprar um sorvete, eu me esbarrasse com o amor da minha vida?
e se numa dessas sorveterias da vida eu encontrasse o verdadeiro sentido do porque ainda não desisti e encaro longas e longas semanas de remédios, médicos, exames, sessões de terapia, drenagem e blá blá blá?
não tenho respostas pra nada.
nem vontade.
só sei que estou cansada.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

a vida é minha!


mentira, mentira, mentira.
sei lá de quem é, mas encher o peito e falar que a vida é minha é pura pretensão. eu tenho uma gatinha, ela é minha. se ela não quiser, não fica no meu colo nem a pau!
a gente não tem nada não. talvez o que a gente sente, imposível de controlar, difícil de lidar e, de vez em quando, maravilhoso de viver.
sinceramente, se a vida fosse minha mesmo, seria literalmente um mar de rosas. ou pra ficar mais fácil, uma piscina ou uma bela banheira de mármore rosa, cheia de rosas brancas sem espinho.
a música mudaria de acordo com meu sentimento, uma coisa meio show de truman. seria bom dia, boa tarde e, caso eu não te veja, boa noite.
torneiras para coca cola light sempre hiper geladas e com gás.
certamente, não haveria lugar pra gente falsa nem dissimulada. nem pra maldade.
lojas de R$ 1,99 espalhadas. nada custaria mais que um e noventa e nove.
um pouco mais de igualdade seria muito bem vinda.
e generosidade de sobra.
generosidade de coração. de sentimentos. as pessoas olhariam um pouco mais pras outras e um pouco menos pra elas mesmas.
se a minha vida fosse mesmo minha, eu faria algumas outras mudanças, além dessas.
mas certamente não é. e tenho que me ajustar a ela, faça chuva ou um lindo dia de sol!

domingo, 18 de outubro de 2009

cópia da cópia da cópia


"NÃO TENHO TEMPO PRA MAIS NADA.
SER FELIZ ME CONSOME MUITO!!!
(Clarice Lispector)

Quem quiser mesmo me derrubar, que se esforce mais um pouquinho!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

se é que em algum dia gentileza gerou gentileza


é triste e chato e dói.
mas nem sempre as coisas e as pessoas são como queremos ou imaginamos.
vivemos diariamente dando pérolas aos porcos porque cruzamos pouquísimas pessoas na nossa vida que realmente merecem algo de bom.
família? muito bonito na teoria mas quase sempre muito falsa e mentirosa na prática. as pessoas simplesmente não se ouvem e quando se ouvem, não se respeitam. o que você faz é sempre muito pouco e pode ser facilmente ignorado, relevado ou não ter valor.
gentileza gera gentileza. como eu queria que as pessoas levassem isso um pouco mais a sério. que se dessem um pouco mais pros outros. que valorizassem coisas pequenas vendo hoje a diferença disso no futuro.
mas não. parece que a gentileza está morta. assim como o olhar pro lado e sorrir pra quem a gente nem conhece simplesmente porque um sorriso vindo do nada é uma das coisas mais gostosas do mundo. gerar simpatia de um desconhecido e não só ser educado ou bonzinho.
ser bom de verdade. saber que a bondade não é fraqueza e sim um grande gesto de nobreza. porque só os nobres se arriscam a ser bons em um mundo em que qualquer atitude pode ser facilmente confundida com ser trouxa ou bobo demais.
eu estou cansada. cansada de dar muito mais do que recebo. cansado de ser muito mais doce do que são comigo. cansada de me preocupar com simples detalhes que fazem a vida muito melhor.
simplesmente porque ninguém percebe isso.
meus sorrisos a toa podem ser sinônimo de vadiagem.
meus agrados podem ser interpretados como "nossa, como ela é boazinha".
ou meu jeito de me preocupar, lembrar das coisas que são importantes não só pra mim como também pros outros como falta do que fazer ou carência.
é triste pensar que cansei de simplesmente ser gentil.
porque, na vida real, não há mais tempo para que "gentileza gere gentileza".
e os gentis são loucos profetas que distribuem flores e pérolas aos porcos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

amanhã será um novo dia!

sinceramente, preguiça não devia ser pecado.
não que isso vá mudar minha relação com ela, mas... poxa, tem tanta coisa pior que um pouquinho de vontade de ficar sem fazer nada e não sentir nenhum pesinho na consciência!!!
tudo bem, eu nem tô com preguiça. tô é com remorso, arrependida, com vergonha... por que? porque tem crises de antice aguda! sim, ataques violentos de burrice em que me desfaço em atos e atos sem sentido que me levam pro lado oposto ao da luz, da força.
sei que parece que tô brincando, mas não estou.
o último mês foi simplesmente definido como um inferno. e olha que sei que as palavras têm poder.
mas tenho me boicotado continuamente e me defendido, criando justificativas lógicas e totalmente palatáveis para um comportamento idiota e auto-destrutivo. vou acabando com meu amor próprio aos pouquinhos.
"minhas" escolhas o caramba! vamos combinar: eu só quero é ser feliz. e pronto.
como? sei lá. ainda ninguém divulgou uma receita única que satisfaça todo mundo.
vou continuar acertando, errando, justificando, tentando acertar, errando de novo e vou vivendo. quando chegar no final, a gente vê.
vou fazer estilo lema dos AA: um dia de cada vez. e vou reconstruindo tara aos poucos, do meu jeito, encarando meus demônios e vencendo minhas próprias batalhas.
e amanhã será um novo dia!


p.s. e eu vou continuar indo na terapia!


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

the road not taken

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim
Because it was grassy and wanted wear,
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I marked the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I,
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

Robert Frost

escolhas


acho que encontrei a resposta pra pergunta que tanta gente me faz...
"e até quando você vai suportar essa situação?!" essa pergunta se relaciona diretamente ao meu "status" afetivo. solteira, sozinha e sem paquerinhas ou ficantes ou coisas do gênero.
eu sou assim. nasci sozinha. cresci sozinha. fui adolescente sozinha. passava horas e horas sozinha, vendo meus filmes, lendo meus livros.
portanto, é assim que sempre me vi e me vejo.
sozinha.
isso não quer dizer que levo uma vida monástica e solitária. mas sim que escolho a hora em que quero e tenho vontade de realmente estar com outras pessoas. sempre fui assim. e nunca nada me faltou.
sempre digo que minha vida emocional e afetiva foi construída em cima dos filmes em preto e branco que passavam na sessão da tarde quando eu era menina. amores, saudades, coisas impossíveis. a rosa púrpura do cairo. ela se apaixona por puro acetato. um personagem criado por algum cineasta.
eu sou assim. me vejo em cazuza cantando que adora amores inventados.
eu gosto de ser assim. de poder escolher quando estar com alguém.
nem sempre a pessoa que escolho está disponível, mas faz parte do processo todo.
portanto, eu "vou suportar a tal situação" até quando eu quiser. e se quiser.
se acordar querendo mudar, eu mudo.
não vão ser horas e horas de terapia que vão mudar meu comportamento afetivo e emocional. porque, sinceramente, esse não é o meu pior problema ou dilema.
acho que, dentre todas as perguntas que me faço, essa é a de mais fácil resposta.
eu gosto da liberdade. e sei que ela tem um preço caro. mas escolhi pagar esse preço há muito tempo. e não quero (ainda) mudar de idéia.
a única coisa que realmente me importa é saber que alguém me ama em algum lugar e em algum momento. estar com esse alguém pode mudar tudo. então que seja assim. sou feliz assim.
não quero nada o tempo todo. eu não sou assim.
sou anti-social. não gosto de compromissos. quero a liberdade de ir e vir a hora em que eu bem entender. não gosto de relógio e, pra mim, toda hora é hora.
daí meus problemas com sono em horários absurdos, almoços e jantares que, ora existem, ora não.
caramba! quantas coisas a gente pode sinceramente escolher na vida sem que algo seja imposto?
acho que nada.
e já que tenho que pagar por alguma coisa, escolho pagar pela minha (suposta) liberdade.
se isso me faz só um personagem de filme, que seja.
pretendo ser digna de um oscar.

e só!

domingo, 4 de outubro de 2009

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

há quem veja anjos!

não é fácil. e, além de não ser fácil, é difícil.
apaixonar-se. eu me considero uma pessoa completamente apaixonada. sem paixão, minha vida não teria muita graça. as paixões mudam a cada dia... e mudam os meus dias.
(ou será que sou só passional?!?!?)
mas, se formos didaticamente corretos, ou se seguirmos o que os dicionários definem como sendo paixão, perdemos toda ela. paixão é sofrimento e martírio, bem antes de se tornar aquele sentimento impulsivo e intenso a ponto de ofuscar a razão.
e ser racional? será que é fácil? acho bem difícil!
um dia, perguntei a meu médico quantas pessoas numa lista telefônica poderiam ser consideradas emocionalmente estáveis. a resposta me derrubou: quase todas. meu mundo caiu morro abaixo.
eu odiaria ser considerada emocionalmente estável. a estabilidade me sugere imobilidade que leva à inércia que conduz à ausência de mudanças. e assim, continuamos eternas crianças sem aprender com as paixões e sofrimentos da vida.
as mudanças assustam. o sofrimento apavora. a paixão nos faz cegos, surdos e mudos.
mas a paixão também nos faz humanos em seu mais alto grau e, assim, podemos entender porque aquele que alguns chamam de deus nos fez à sua imagem e semelhança.
e, como não poderia deixar de ser, a paixão veio de bônus.
sim, estou triste. e a tristeza ou torna as palavras perfeitas ou torna as frases curtas.