terça-feira, 25 de maio de 2010

terça-feira sem sol nem chuva


lá fora, o dia tá indeciso. não sabe se deixa sair o sol e esquenta um pouco a cidade ou se deixa cair uma daquelas chuvinhas gostosinhas que trazem frio e deixam o ar da cidade um pouco mais leve e mais limpo.
aqui dentro, ao som de marisa monte, me pego pensando um pouco na vida. coisa inesperada!!! eu quase nem penso...
quem dera não pensar. a vida seria tão mais fácil. uma maiga minha sempre dizia que não gostava de pensar porque acabava ficando triste. dá pra entender a lógica dela, se a gente pensar um pouco. risos.
bem, hoje eu não quero pensar. nem se vai chover ou fazer sol.
eu, que não gosto de marisa monte - é isso mesmo, você não leu errado - eu não gosto de marisa monte, deixei o cd tocando simplesmente porque foi o que caiu na jukebox e eu não tô a fim de contrariar o destino.
será que isso existe mesmo?
bem, melhor não começar a filosofar porque nem sei alemão...

vou deixar o dia me levar. pode ser até que no final do dia eu esteja gostando de marisa monte, fazer o que?!

é isso!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

dicas de sophie


eu nem sou de dar palpite na vida alheia (!!!), mas uma coisa pra se conhecer é a loja "o elefante branco".
loja tudo de bom onde você pode encontrar de tudo um pouco. e ainda mais. aquilo que você nem pensava que existe e existe.



O Elefante Branco - Shop Design
Rua Bernardino de Campos, 703
(16) 3289-4910
Higienópolis - Ribeirão Preto - SP
Segunda a sexta das 10 as 19 e Sábados das 10 as 17.

p.s. e, de quebra, o dono ainda é um gato!!!

thank god it's friday!


a semana foi pauleira.
coisas pra decidir, parar de pensar e começar a fazer e muita vontade que existisse um teletransportador.
vamos combinar que um desses seria perfeito. simples: em cinco minutos, você diria que vai ao banheiro, dá uma viajadinha e um super beijo naquela pessoa que você adora, mas tá longe... daria tempo até mesmo pra um almoço. perfeito: teletransporte e "almoço" com aquela pessoa, com direito a pizza e coca-cola gelada. ou um bom vinho, pra aproveitar o friozinho que tá lá fora.
tudo feito, devidamente, em uma caminha bem quentinha, macia e fofinha.
tudo de bom.
daqueles almoços memoráveis que entram pra - sua - história.
mas, é óbvio que isso nem existe e teria que ser usado com "parcimônia" pra gente não abusar e sair almoçando todo dia e não sobrar tempo pra essa saudade gostosa que bate quando você fica morrendo de vontade de tudo com "aquela" pessoa e ela está u pouquinho longe.
como tudo na vida, sem excessos.
porque qualquer coisa em excesso é chato e enjoa.
portanto, a todos um final de semana regado a poucos e delirantes excessos.
é isso.

domingo, 16 de maio de 2010

por una cabeza

Por una cabeza
de un noble potrillo
que justo en la raya
afloja al llegar,
y que al regresar
parece decir:
No olvidéis, hermano,
vos sabés, no hay que jugar.
Por una cabeza,
metejón de un día
de aquella coqueta
y risueña mujer,
que al jurar sonriendo
el amor que está mintiendo,
quema en una hoguera
todo mi querer.

Por una cabeza,
todas las locuras.
Su boca que besa,
borra la tristeza,
calma la amargura.
Por una cabeza,
si ella me olvida
qué importa perderme
mil veces la vida,
para qué vivir.

Cuántos desengaños,
por una cabeza.
Yo jugué mil veces,
no vuelvo a insistir.
Pero si un mirar
me hiere al pasar,
sus labios de fuego
otra vez quiero besar.
Basta de carreras,
se acabó la timba.
¡Un final reñido
ya no vuelvo a ver!
Pero si algún pingo
llega a ser fija el domingo,
yo me juego entero.
¡Qué le voy a hacer..!

Alfredo Le Pera

minha primavera aconteceu no meu outono


é realmente muito chato.
às vezes, as pessoas simplesmente resolvem que devem sair da sua vida e pronto: elas somem, desaparecem, viram purpurina.
e você fica lá, com cara de idiota, se perguntando: onde foi que eu errei?!!?
o lance é que nem sempre é a gente que erra. é que tá tudo errado: o momento, o tempo, a fase de cada um, a hora, a vida, a pessoa, sei lá. mas nem sempre as coisas simplesmente não dão certo porque fulano ou sicrano errou.
às vezes, as coisas simplesmente não dão certo porque não era pra ser, não era pra dar certo. nem todas as histórias terminam com o tal "e viveram felizes para sempre".
em boa parte delas, só sobra mesmo o "the end" e olhe lá!
agora, tem histórias que sobrevivem ao seu fim oficial.
histórias que continuam dentro da gente, mesmo que a gente nem perceba.
e é só cruzar um determinado sinal pra que você veja lá os letreiros em neon, bilhando diante de você, como em noite estréia.
e a história se passa toda dentro de você, com os mínimos detalhes.
nada escapa.
nenhum telefonema no exato momento em que você passava pelo último pedágio da estrada.
nenhum alpino que te foi roubado como café da manhã.
nenhuma caixa repleta de sonhos de valsa.
nenhuma viagem por uma estrada totalmente diferente feita demoradamente em plena tarde com o sol se pondo numa sexta-feira qualquer.
tudo fica tão vivo dentro de você. essa história não acabou. essa história não vai ter fim. essa história é pra sempre. mesmo que não tenha o "e viveram felizes para sempre".
mesmo que cada personagem possa até viver feliz e o outro também. mas não necessariamente juntos.
mesmo que um possa ser eternizado em uma plantação de jabuticabas enquanto o outro possa, inconscientemente, usar água de colônia com cheirinho de jabuticabas.
mesmo que um possa preferir ipês amarelos e o outro ipês brancos.
mesmo que um continue escrevendo a história e o outro não leia.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

o brega


outro dia, assisti a uma entrevista com o wagner moura. o cara tá em todas.
o legal foi que ele não foi lá pra falar de olavinho, rede globo, hamlet ou nada assim. foi falar da sua mãe, uma banda dos tempos do colégio que continua existindo e fazendo shows.
foi hilário ver o cara comparando o lirismo dos smiths ou the cure a odair josé ou márcio greik, esses caras que a gente gentilmente chama de bregas.
ele cantou uma música com tamanha doçura que derreteu qualquer coração. e falava do amor de um cara por uma prostituta.
simples assim.
é, ele tem total razão. muita coisa bonita é também brega. o amor é brega. assistir flme romântico na tv no inverno comendo pipoca com cobertor é brega. pedir autógrafo praquele seu ídolo de adolescência é brega. o bino, do carga pesada, é brega. mas tem alguém que não goste dele?
o rei é brega. mas, olha só: eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você... me diz, me diz agora: você não ia gostar de ouvir isso? nem um pouquinho?!
duvido!!!
mas, e daí? que me convençam que a vida não é muito mais legal, divertida e abusada se não for também um tanto brega.

Eu tenho tanto
Pra lhe falar
Mas com palavras
Não sei dizer
Como é grande
O meu amor
Por você...

E não há nada
Pra comparar
Para poder
Lhe explicar
Como é grande
O meu amor
Por você...

Nem mesmo o céu
Nem as estrelas
Nem mesmo o mar
E o infinito
Não é maior
Que o meu amor
Nem mais bonito...

Me desespero
A procurar
Alguma forma
De lhe falar
Como é grande
O meu amor
Por você...

Nunca se esqueça
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande
O meu amor
Por você...

Mas como é grande
O meu amor
Por você!...

desculpa aí, mas é o rei!

p.s. e não é "música brega". é "música super popular brasileira". falei.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

inspirações


é engraçado.
algumas pessoas, na sua vida, têm uma inspiração. acho que algumas não, mas pra falar a verdade, acho que todas têm, bem lá no fundo.
há um tempo atrás, assisti ao último filme do clint (eastwood). ele é uma das pessoas que me inspira. além de ter sido o dirty harry nas ruas de san franscico, ele tem envelhecido de uma maneira tão nobre e elegante quanto ele mesmo.
seus últmos filmes (gran torino, entre eles) são todos sutilmente inspiradores. a trilha sonora costuma ser praticamente perfeita.
tudo tão diferente daquela imagem do homem durão, que parece ter a mão grossa, com aperto firme.
o cinema me inspira sempre. eu adoro.
e as poesias também. música só não inspira os muitos mau humorados, vamos combinar.
aí, ele vem e junta música, poesia e um personagem por si só inspírador: nelson mandela. de novo: como um homem que veio do povo, ficou anos preso numa cela minúscula pôde ser tão sábio e perdoar as pessoas que o colocaram naquela cela.
aí, vem a poesia. tão doce e forte quanto clint e mandela.
isso tudo pode ser muito piegas, mas e daí?!
a gente precisa ser "cult" o tempo todo - ou parte dele?!?!

invictus

da noite que me cobre,
negra como um poço de alto abaixo,
agradeço quaisquer deuses que existam
pela minha alma inconquistável.
na garra cruel da circunstância
eu não recuei nem gritei.
sob os golpes do acaso
minha cabeça está sangrenta, mas erecta.
além deste lugar de fúria e lágrimas
só o eminente horror matizado,
e contudo a ameaça dos anos
encontra e encontrar-me-á, sem temor.
não importa a estreiteza do portão,
quão cheio de castigos o pergaminho,
sou o dono do meu destino:
sou o capitão da minha alma.

william e. henley, poeta inglês nascido em 1849, teve uma vida difícil. tuberculoso desde os 12 anos, teve a perna esquerda amputada aos 16, por causa da doença. trabalhou para sustentar a mãe e os irmãos após a morte de seu pai e perdeu sua única filha, de 6 anos, vítima de meningite. o poema foi escrito no hospital.

terça-feira, 11 de maio de 2010

acordar


hoje eu dormi o dia inteiro. nem tão inteiro assim porque eu levantei agora há pouco. e nem tô com o menor peso na consciência por isso.
eu precisava. minhas noites têm sido tumultuadas, complicadas, é um tal de dorme e acorda que ninguém merece.
e, dessa vez, eu até acordei, comi e dormi de novo.
tô tendo que pensar em tanta coisa quando tô acordada que precisava de um tempinho. afinal, foram alguns anos de quase inércia e agora chegou a hora de mudar algumas coisas. dar um rumo pra minha vida, que anda com tantos rumos desconexos.
sei que tem gente que vai ficar p. da vida, mas a vida é minha, não é?! ou me foi emprestada por alguns anos, então...
tô compartimentizando (???) meus sentimentos, colocando coisas e pessoas em seus lugares.
e, cristo! isso toma tempo, muita paciência, energia e muita, muita vontade e coragem.
então, eu durmo agora porque sei que daqui a pouco as noites serão curtas. os dias serão curtos também. mas a vida terá mais sentido e muito mais movimento.
o cheiro que queria que estivesse ao meu lado estará longe. mas continuarei sentindo do meu jeito.
afinal, certos cheiros ficam pra sempre.

picasso e as mulheres


"Um homem só encontrou a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo, e tendo-a nos braços ter as tentações que só os demonios provocam."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

cheiros e perfumes


caraca.
a gente pode tanta coisa, mas não consegue controlar o que sente. seria tão fácil passar por um lugar e nem sentir um vontade avassaladora de tomar aquele sorvete maravilhoso.
ou ver aquele vestido caríssimo e passar batido sem ficar imaginando o quanto ele ficaria lindo com aquele sapato, aquela bolsa e aquele brinco lindos que você tem.
o pior mesmo é passar por qualquer lugar que seja e sentir aquele cheiro. aquele cheiro que vem não sei de onde e só alguém tem. e esse alguém tá longe, fazendo e pensando e sentindo qualquer outra coisa que você sequer faz idéia. nem nunca passou naquele mesmo lugar.
isso não dá mesmo. você fica tomada por uma paralisia repentina, um sorriso bobo te vem aos lábios e você só consegue respirar fundo, fechar os olhos e aproveitar aquele segundo daquele cheiro tão raro e especial.
o cheiro passa com o vento, você olha pros lados e nada, absolutamente nada mudou ao seu redor.

mas, dentro de você ficou aquela vontade, aquele sensação doce e suave de um segundo. aquela sensação de saber que você vai sentir aquele cheiro outras e outras vezes. que você vai sonhar acordado outras e outras vezes mais.
e aquela vontade de sentir tudo isso, mesmo muito, muito longe, não vai passar. não vai embora com o vento.
vai ficar dentro de você como aquele cheiro que te acompanha.
que você sente nas horas e lugares mais estranhos.
mas faz com que sua vida valha muito a pena. e que certas horas pareçam infinitas.

sábado, 8 de maio de 2010

porque hoje é SÁBADO!!!

nunca é demais!

canção do dia de sempre
tão bom viver dia a dia...
a vida assim, jamais cansa...

viver tão só de momentos
como estas nuvens no céu...

e só ganhar, toda a vida,
inexperiência... esperança...

e a rosa louca dos ventos
presa à copa do chapéu.

nunca dês um nome a um rio:
sempre é outro rio a passar.

nada jamais continua,
tudo vai recomeçar!

e sem nenhuma lembrança
das outras vezes perdidas,
atiro a rosa do sonho
nas tuas mãos distraídas...

mário quintana

sexta-feira, 7 de maio de 2010

eu prefiro assim!



uma família feliz!

vamos combinar que tem dias em que você tem a quase inevitável vontade de sair mandando todo mundo se catar, se fechar num lugar escuro e esperar a vida passar.
não adianta. no mundo há pessoas incrivelmente medíocres e a gente é obrigada a conviver com elas, quer queira ou não.
você pode simplesmente diminuir o estrago reduzindo o nivel de convivência a quase zero, mas cansa! e como cansa!
tudo bem, padre. eu pequei. faz mais de 30 anos desde a minha última confissão... mas que eu tive pensamentos totalmente maléficos sobre tal pessoa, eu não posso negar.
ela, a pessoa, simplesmente manipula as pessoas. consegue o que quer na base da causa e efeito. ela causa alguma e espera o efeito. faz chantagens. mente. dissimula. faz a santa quando sua lista de palavrões supera o de qualquer adolescente revoltado. organiza festinhas de aniversário para mamães e papais tão falsos como ela, que brincam no brasil de "american way of life". combina chá com as amigas e destrói a imagem daquela talzinha que se diz "liberal". afinal, ela, a "talzinha" só fica de olho no marido sagrado das outras.
e ela, a formosa mãe dos pimpolhos, aquela do casamento perfeito e imaculado, supera tudo.
quanta mediocridade! quanta mentira e falsidade. pára que eu quero descer.
mas, não adianta. se desço aqui, logo me deparo com imagem semelhante. o ser humano é um bicho falso mesmo. somos todos ratinhos de pavlov. e quando um desses ratinhos (ou ratinhas) se desgarra, ô coitadinho. ainda bem que ainda vivemos no brasil e açoites em praça pública não são castigo.
olha, eu posso mesmo ser um ratinho desgarrado, mas prefiro os açoites.
mães em fila dupla, tripla, em portas de escola combinando sei-lá-o-que não combinam em nada comigo. e eu prefiro assim.
eu não sei que caminho peguei, mas sei que vou chegar lá.
e, comerciais de margarina são sempre lindos e ensolarados, mas haja trabalho pra margarina não derreter de uma vez sob a luz forte dos estúdios e virar um ranço!
e, como diria truman, bom dia, boa tarde e, caso eu não te veja, boa noite.
é isso.

posso falar?


VÁ A MERDA!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010


realmente há dias em que o melhor a fazer é não fazer nada!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

se a vida te oferece limões...


... faça uma limonada!

haja tantas dúvidas pra uma simples mortal quanto eu!
pessoas "normais" não deviam ter dúvidas. elas, as dúvidas, deviam ser exclusividade de filósofos, antropólogos, gente que gosta de questionamentos, que faz disso sua missão na vida.
pra gente, sossegada e já com tanta dificuldade pra viver uma vida simples e tranqüila, deviam ficar apenas e tão somente as respostas.
sim, porque, afinal eles pensam. e a gente ainda tem que pensar e fazer.
escolher caminhos, decidir, saber o que dizer na hora certa, fazer o que a gente pensa ser o melhor pra gente e pros outros.
ô tarefa ingrata!!!
mas, a vida é cheia disso mesmo.
a gente tem que aprender a se privar de certas coisas pra sentir o gostinho de quero mais. a gente tem que ser feliz em poder ser sincera e não enxergar pedras na nossa direção.
a gente tem que aprender a não sentir medo de sentir medo e de falar que "eu não sei". a gente tem que aprender a não ter medo de sentir o que sente nem se sentir culpado por tudo isso.
muita coisa pra uma segunda-feira cheia de sol, calor e cansaço.
sim, cansaço por duas semanas e meia de questionamentos, dúvidas, serás, cheias de talvez e um único não sei.
o não sei ainda vai continuar por algum tempo até que a resposta possa ser encontrada.
mas, o tempo não pára. a vida não pára.
eu sim. eu tô simplesmente tentando parar de pensar tanto, de filosofar, de racionalizar porque tudo isso cansa demais e eu só quero é ser feliz.
falei!

sábado, 1 de maio de 2010

quem entende das coisas

saia justa

vamos combinar.
sempre tive meus ataques de tietagem explícita. há anos, fiquei completamente paralizada ao olhar pro lado em plena calçada da avenida são luís e dar de cara com haroldo de campos.
ai são paulo que me colocou perto de caco barcellos, paulo figueiredo, paulo leminski, zé miguel wisnik, etc e tals.
pra ser bem sincera, depois do meu último episódio de tietagem absurda que prefiro nem comentar pois teve repercussões um tanto prolongadas, fiquei bem na minha. comecei a ficar bem discreta e só teria qualquer outro ataque se me colocassem frente a frente com o marcos uchôa, repórter da globo.
e eis que me deparo, numa tarde chuvosa de sexta, em pleno shopping pátio higienópolis, "acho que", com márcia tiburi. eu fiquei olhando, olhando, olhando, mas não tive a manha de ser a costumeira cara-de-pau e ir lá conferir.
só sei que, depois, olhei novamente pra trás e a moça tinha um meio sorriso porque, acredito, seu acompanhante deve ter comentado que eu olhava insistentemente.
tudo bem que minha mãe vive repetindo que ela é descabelada, chata, "mal amada" e etc. eu só acho ela acadêmica demais e, na verdade, alguém que nem se preocupa tanto assim no grau de amor que lhe dedicam.
mas gosto, sinceramente, dela. e das saias justas, é a minha preferida. adoro as caras de quem simplesmente ignora certos comentários ou que está além daquilo. seus textos são inteligentes sem seres chatos, seu comportamente não me incomoda em nada e eu nem teria esse direito e eu gosto do que ela fala, sobre gostar de ficar sozinha, o medo de sentir medo, e outras coisas que nem sempre são ditas de maneira tão sem compromisso.
agora, pensando bem, eu devia ter sido a costumeira cara-de-pau e perguntado se era mesmo ela. nem ia perder nada com isso e talvez não estaria acordada as quatro da manhã escrevendo, em companhia constante das pessoas que acabam gostando de escrever, a insônia.
é isso.