quinta-feira, 12 de abril de 2012

invictus

desta noite que me cobre
negra como um poço de borda a borda
eu agradeço a quaisquer deuses que hajam
por minha alma inconquistável

na cruel garra da circunstância
eu não recuei nem gritei
sob os golpes da sorte
minha cabeça está ensanguentada mas não curvada

além deste lugar de fúria e lágrimas
surge apenas o horror da sombra
e ainda com a ameaça dos anos
encontra, e há de encontrar-me, sem temor

não importa quão estreito o portão
quão carregado de punições o pergaminho
eu sou o mestre me meu destino
eu sou o capitão de minha alma.

(william ernest henley)

a insustentável leveza de ser

sim, mais um ano passou. mais um ano pra minha já bem repleta coleção de anos.
nunca fui de colecionar nada. só guardo em caixas de sapato os ingressos de filmes que assisti desde "os embalos de sábado a noite". são muitos, muitos mais do que meus anos.
meus anos, guardo todos com carinho em minha memória. anos de briga, anos de questionamentos, anos de medo, anos de brincadeira, anos de muitas risadas, anos na estrada, mas sempre anos de vida.
uma vida repleta de anos, memórias e ingressos de cinema.
sempre cheia de poesia. sempre recheada de sonhos, muitos sorrisos e muita vontade de continuar.
ainda que tenha caído por muitas vezes, nas mesmas vezes, me levantei e segui, mesmo sem sabe onde o caminho ia dar.
sei que, como no poema, escolhi a estrada menos trilhada. alguns podem considerar a mais difícil. eu a considero como sendo simplesmente a escolhida por mim, meu jeito e meus sentimentos.
sentimentos que compartilhei com muitas pessoas nesses anos todos. pessoas que ainda guardo, outras que faço de conta que esqueci, pessoas que nunca vou me esquecer (por mais que tente). pessoas novas que chegam todos os dias e encontram um cantinho. pessoas persistentes que continuam ali, mesmo sabendo das minhas idas e vindas. porque nem sempre estou na minha vida. de vez em quando, simplesmente me ausento.
é assim que comecei a ser e assim que ainda serei pelos anos que virão.
deles, só tenho a certeza de que serão bons, muito bons, ótimos ou excelentes. nada menos que isso, porque são meus. são a minha vida.
e vivo cada ano, cada dia, cada minuto sempre dando o melhor que tenho e que a vida me ensinou. a minha vida, a vida dos meus pais, a vida dos meus amigos, a vida que vejo nos filmes, as vidas que li nos livros.
e a cada vida que compõe a minha vida, eu agradeço. sem elas, eu não seria quem sou. sem elas, a minha vida não seria assim. tào cheia de vida!
obrigada pelo ano que foi e mais obrigada ainda pelo ano que chegou!

terça-feira, 10 de abril de 2012

momento de introspecção

e quando você pensa que as coisas podem tomar um rumo certo, a vida te dá meia volta e tudo vira ao contrário!
eu juro, sim, eu juro que acreditei que hoje eu ia acordar e as coisas iam estar mais serenas e tranquilas pro meu lado, mesmo tendo perdido o sono ontem.
ledo engano. minhas preoucupações só fazem se confirmar e eu penso quais são as opções pra escolha final!
o que a gente faz quando conclui que o melhor caminho é sentar e conversar mas a outra "parte" te evita? o que a gente faz quando quer muito uma coisa, mas a probabilidade de que ela dê errado é bem maior do que você insiste em pensar que é.
desistir? não faz meu gênero.
argumentar? já tentei.
concordar, mesmo sabendo que isso não vai prestar? também não combina comigo.
penso, então, que terei que simplesmente me decidir pelo caminho menos pior. deixar que o tempo passe e que, talvez, traga de volta a paz. porque é preciso de paz interior pra qualquer decisão, por melhor ou pior que ela possa parecer.
e não me sinto em paz quando sinto que há injustiça, má interpretação, falta de vontade e "forças ocultas" trabalhando contra.
vou sim encher meus pulmões de ar, respirar fundo, tentar me encontrar em mim e seguir adiante, mesmo sabendo que o caminho possa não dar em nada.
não vou voltar. vou caminhar com passos pequenos, um de cada vez. vou me manter calada, quieta e procurar sossego dentro de mim, uma vez que não o encontro onde estou. vou me voltar pra mim mesma, reconhecer meus erros e meus acertos.
quem sabe ouvindo a mim mesma eu acredite no que eu digo...
é isso.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

não quero sentir sua falta hoje...


oh céus!!!

e aí, quando você acha que tá bem protegida pelo anonimato, te vem uma surpresa no final do dia!
santa paciência, diria robin, mas eu deixei rastros. e me encontraram aqui, no meu cantinho secreto partilhado com poucos, porém ótimos companheiros.
putz, e agora:! como eu faço pra me esconder, pra continuar com a tal fama de mulher misteriosa?!
melhor relaxar e reconhecer que, dessa vez, foi pro ralo.
ou será que devo processar o google ou o possível "invasor" por invasão de privacidade se a bobeada foi minha?
melhor dormir com essa barulho e, mesmo não gostando, saber que deixei de surpreender ao menos nessa vez.
afinal, parece que a invasão teve danos menores e minha reputação continua a salvo.
e, ainda, teve uma boa justificativa. saber mais de mim... muito bom, considerando a circunstãncia." a gente procura saber sobre aquilo que nos interessa." rsrsrsrs
bem, agora estou a mostra e não vou poder me esconder aqui.
mas, também, vamos combinar: aqui nunca foi lugar pra que eu me escondesse! muito pelo contrário. aqui é onde sou o que eu realmente sou, bem dentro de mim.
é isso.

p.s. e você teria que arrumar um ótimo advogado, xereta!!!e nada de defesa em causa própria ou coisa que o valha!