segunda-feira, 29 de março de 2010

basta olhar!


a todos que adoram me perguntar por que? como? pra que? sim ou não? é ou não? tem certeza? como assim? mas agora? você faz?, mas se esquecem de um simples "é o que você quer?", uma simples imagem.

sexta-feira, 26 de março de 2010

dia de troca de programação


quando você começa a pensar muito, escrever muito ou fazer terapia, depois de um tempo percebe que você nada mais é do que o mais comum dos mortais, nada de extraordinário.
seus medos e sonhos são comuns a boa parte das pessoas.
você pode sim ter experiências diferentes em diferentes fases da vida, mas no final, a vida vira um grande liquidificador ou mixer que mistura tudo e o resultado é óbvio: milheres e milhares de pessoas já sofrerem pelo mesmo, já ficaram felizes até mesmo ao mesmo momento ou descobriram algumas coisas comuns como você.
eu sempre disse que esse papo de ser especial é balela. todo mundo é especial pra alguém. me apropriando de um caso comum, tenho certeza de que quando a mãe da garota supostamente morta pelo pai olhou pra ele nas primeiras vezes, ele era especial pra ela. tanto que tiveram uma filha juntos.
e isso também me faz pensar em como as coisas mudam ou duram pouco na vida da gente. de repente, você acha que não vai viver de jeito nenhum sem alguém. e, momentos depois, esse alguém já era.
um simples olhar pode mudar tudo.
as palavras também. as ações.
a distância entre o fim e o começo está tão perto que a gente quase nunca vê ou pressente. e, aí, te pegam de surpresa.
óbvio que passar a ser especial é bem mais gostoso, mas ainda não dá pra escolher.
enquanto isso, temos que deixar que a vida nos leve.
de preferência, pra caminhos também mais leves.

preguicinha

"O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido"

quinta-feira, 25 de março de 2010

dia 25 de março!!!


feliz 14 anos, mi. você é um pedacinho do melhor de mim. vejo flores em você, bicho fofo sem rabo!













muito, muito amor.
beijos pra sempre.

caminhando...


ai sono que insiste em me escapar...
engraçado. eu pedi pra que março passasse logo para que mais logo ainda chegasse abril e passasse o tal do meu "inferno astral". e tenho a impressão de que fui atendida.
daqui a pouco começa abril, há alguns dias começou uma nova estação e, ainda que eu seja bem mais primaveril, o outono chega pra mim com bons ares.
vontade de começar coisas novas. olhar com um olhares diferentes. enxergar coisas e pessoas nunca vistas, talvez nem olhadas.
sim, porque além de nunca usar o óculos como devia e estar atrasada pra minha consulta "anual" ao oftalmologista, a pessoa aqui não olha pros lados, nunca vê as coisas que se mostram insistentemente ao seu lado e deixa muita coisa passar em branco quando merecia ser bem colorido.
é, acho que "the time has come" e agora não vou poder me dar ao luxo de fazer de conta que nem percebi e começar a viver a vida com mais intensidade nas horas certas. um jeito assim de ser mais viva, mais esperta, mais feliz, menos dramática, mais solta, mais livre.
porque verdade seja reconhecida e protocolada: eu falo sim que sou livre e blablabla, mas, vamos combinar: um espírito livre como era o meu não se deixaria prender por sentimentos tão pouco certeiros e se deixaria abalar com tanta facilidade.
fui forjada a ferro e fogo. até posso parecer uma "patricinha ocasional", mas não sou. tenho marcas, cicatrizes, história e uma alma cheia de idas e vindas. o poço e seu fundo já me conhecem de outros carnavais.
então, como toda ariana pretensiosa que acha que o mundo todo chegou atrasado, e respeitando marte, armas a postos e que venham os próximos dias, meses e anos.
falei!

quarta-feira, 24 de março de 2010

funeral blues, w.h.auden


Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message 'He is Dead'.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

April 1936
___

Que parem os relógios, cale o telefone,
jogue-se ao cão um osso e que não ladre mais,
que emudeça o piano e que o tambor sancione
a vinda do caixão com seu cortejo atrás.

Que os aviões, gemendo acima em alvoroço,
escrevam contra o céu o anúncio: ele morreu.
Que as pombas guardem luto — um laço no pescoço —
e os guardas usem finas luvas cor-de-breu.

Era meu norte, sul, meu leste, oeste, enquanto
viveu, meus dias úteis, meu fim-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, fala e canto;
quem julgue o amor eterno, como eu fiz, se engana.

É hora de apagar estrelas — são molestas —
guardar a lua, desmontar o sol brilhante,
de despejar o mar, jogar fora as florestas,
pois nada mais há de dar certo doravante.

(tradução de Nelson Ascher)

a arte de mudar


a arte de mudar, de se refazer, tem muitas sutilezas que desconheço ainda.
se refazer depois do final de uma grande paixão ou coisa parecida acontece todos os dias, mas "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". isso signfica que nunca é igual, é óbvio.
pra alguns, deve ser mais fácil. pra mim, a eterna apaixonada criada pelos filmes em preto e branco da sessão da tarde, não é nada fácil. se me perguntam: você gosta de literatura, respondo que sim. se me perguntam de que, tenho receio de ser blasè ao falar que adoro os poetas ingleses do século XIX, como donne, yeats, keats e shelley, aqueles que morriam de dor do amor.
mas estar apaixonado não é tudo de bom?
você vê tudo de uma maneira diferente, e parece que os outros te vêem de maneira diferente tb. e tudo é uma delícia. aqueles olhares lânguidos onde você literalmente se derrete e se confunde ao outro, o frio na barriga, o otimismo exagerado, a alegria desmedida.
e você fica linda! os olhos brilham. a pele vira uma seda.
tudo isso é bom demais.
por tudo isso deve ser tão difícil quando uma paixão acaba.
mas, como todo fim dá caminho a um novo começo, basta ser dorothy, poliana ou alice e esperar pela próxima paixão que, como nas comédias românticas de hollywood, pode estar no supermercado ou na fila da casa lotérica.
e, caso o seu brilho esteja um pouco ofuscado, quem sabe sua próxima paixão pode estar no caminho de uma loja de perfumes, gloss, sombras, esmaltes extra brlho?
se a arte imita a vida, não custa imitar a arte e acreditar que o amor acontece a qualquer hora e em qualquer lugar. simplesmente acontece.
falei!

terça-feira, 23 de março de 2010

terça-feira


comecei ontem minha batalha contra os meus moinhos de vento.
digo isso, porque assim como todo mundo, ao menos uma vez na vida, construi castelos em terra pouco firme. e agora é hora de dar uma boa olhada pra eles e ver o que fazer: removê-los de uma vez, deixar que afundem ou tentar salvar o que quer que valha a pena.
sinceramente, ainda não sei. só cosnigo pensar que passei os últimos anos vivendo de brisa, de sonhos e falta de realidade. agora é hora de colocar os pés no chão, ficar esperta e seguir em frente.
não penso só em um relacionamento ao qual não dava nome por não conseguir entender minha própria confusão de sentimentos, mas na minha vida em geral, minha família, meu trabalho, meus amigos. arrumação geral na casa. chega de viver como alice ou dorothy (tô até parecendo o bial...).
é preciso deixar que eu volte. e voltar com força, sabendo dos meus limites e dos limites que voltarei a ultrapassar porque isso faz parte de quem eu sou e quem eu quero continuar sendo.
tenho sido redundante, mas a vida é redundante. vivemos em uma daquelas caixas pra hamsters com aquela rodinha que nunca sai do lugar.
e, quando a gente tenta sair, se machuca.
com várias cicatrizes no corpo e na alma, vou seguir evitando a gaiolinha.
a rodinha que não sai do lugar.
é isso.

segunda-feira, 22 de março de 2010

É Proibido, por pablo neruda



É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

a segunda-feira


segunda-feira é sempre o dia "de". de começar a fazer dieta, ir à academia, passar mais tempo lendo do que vendo tv, pensar em colocar em dias emails atrasados, pensar naquela antiga reforma do seu quarto, tentar seguir o que marca na agenda, blá blá blá...
bem, sinceramente, não acho que tenha que fazer nada disso. não há nada que tenha em mente pra começar hoje, primeiros minutos de uma segunda. só uma coisinha básica: cuidar muito mais de mim mesma e me preocupar com a minha vida, meus sentimentos e minhas reações e não com as dos outros.
sim, eu sou daquelas que compra a briga dos outros. se machuca, olha pro lado e se vê machucada e sozinha.
então, basta, combinado?!?!
vou fazer do "eu sozinha". ainda que me dê trabalho e que tenha que me segura várias e várias vezes, vou me colocar acima de tudo e de todos. e não por egoísmo ou egocentrismo. mas por pura instinto de sobrevivênica. ou melhor, instinto de vida mesmo. preciso viver e não deixar as folhas em branco. não deixar que os dias se percam sem que nada aconteça, sem que ao menos uma coisa exista de bom pra ser lembrada. chega de longos dias pensando, pensando e pensando.
ah sim! eu vou é comprar uma cama nova e deixar que todos meus pesadelos e pensamentos ruins sejam levados com a atual e que minhas noites passem a ser preenchidas com sonhos, dormindo ou acordada.
o melhor começo de um dia deve ser uma ótima noite!
falei!

sábado, 13 de março de 2010

e, depois de cair...


não olhe pra baixo! olhe pra frente!!!

é, a gente cai!!!


mas levanta rapidinho e sobe novamente no salto!
sou suspeita porque já levei tantos tombos, topadas, rasteiras e etc que nem me lembro mais. mas tô aqui, sentada agora, linda, leve e solta, simplesmente tranqüila, sem (muitos) medos de cair novamente.
é claro que penei pra burro, mas aprendi. a gente sempre cai, dá uma desequilibrada, mas a vida ensina a gente a se aprumar de novo, é só ter paciência, comprar uns milhões de tubos de hirudoid gel 500 (mais poderoso contra os hematomas) e aprender a cair.
impossível dizer que isso não vai acontecer. mais cedo ou mais tarde, você cai mesmo.
mas aí que tá a parte legal. você levanta. e quando levanta, levanta mais forte, mais poderosa, tipo "tudo bem".
não posso negar: a cada semana tem um querendo te derrubar, ou é a conta do cartão que estourou, ou o cheque especial que estourou, ou o trabalho que é um saco, ou aquele seu vizinho que te sacaneia forte, sabe que você adora gatos e coloca um gatinho super machucadinho no seu jardim. você tira praticamente de dentro da boca do seu cachorro, leva ao veterinário, dá remédio, água, comida e muito carinho e, no dia seguinte, cadê o gatinho? já era tarde demais e ele tá lá, imóvel, como um anjinho caído.
e você, boba, já tinha se apegado, convencido deus e o mundo pra ficar com ele, pensado no nome e fica a ver navios.
triste.
mas isso acontece. e a vida caminha, assim como a humanidade. e quem é capaz de dizer que a humanidade não dá suas pisadas na bola? que atire a primeira pedra ou dê o primeiro berro quem nunca caiu, sofreu, fez besteira ou simplesmente se enganou.
o lance é esse: cair e levantar. e ficar mais forte pra cair menos ou cair direitinho pq tirando roberto downey jr. no cinema, ninguém é de ferro!
falei!

sexta-feira, 12 de março de 2010

eu e tão somente eu

vou tentar de novo


é isso. eu vou mesmo tentar de novo. sei lá se uma, duas, quantas vezes. mas vou. não dá pra simplesmente falar não. deixar pra lá e ficar sem saber no que deu. sinto que ainda não acabou. pode sim estar perto ou longe do fim. não sei.
só sei que é gostoso. me traz uma sensação boa. não um recomeço, mas uma chance, uma possibilidade. eu adoro coisas impossíveis, mas quem me impede de querer torná-las possíveis e gostosas e sublimes?
até mesmo sensacionais. fantásticas. doces. meigas. inebriantes, palavra pra ser dita com a boca cheia.
sou boa pra fazer planos. adoro pensar. pesquisar. juntar todos os pedacinhos e formar um mosaico perfeito, onde tudo se encaixa e tudo pode existir individualmente. acho que por isso, eu tento.
não precisa ter sentido. o sentido sou quem eu faço, sou eu quem sinto. e sinto que sorrio enquanto penso no que pode acontecer, no que vai acontecer.
aquele sorriso maroto, no canto da boca, estilo monalisa.
tremendo chaveco. mas já caí de cara nele. adorei ouvir que levo na boca um meio sorriso, um sorriso sutil, como monalisa. misterioso. malandro. safado até, quem sabe.
é isso. tá decidido. vou tentar. se quebrar a cara como tantas outras vezes, tenho um daqueles pitis típicos de perua, saio comprando horrores e faço de conta que tudo bem.
e, depois: EU TENTO DE NOVO!!!
porque desistir não é pra mim. perder muito menos.
"vou tentar de novo
só mais uma vez
pro resto da minha vida
sua vida é a nossa vez."
(de uma banda carioca que não conheço - catch side)

quarta-feira, 10 de março de 2010

o cansaço


o cansaço da perda
o cansaço dos dias
o cansaço da ilusão
o cansaço da espera
o cansaço do corpo
o cansaço dos sons
o cansaço das tentativas
o cansaço das palavras
o cansaço do silêncio
o cansaço das noites
o cansaço das dores
o cansaço dos desencontros
o cansaço da falta
o cansaço da esperança
o cansaço da saudade
o cansaço da alma
o simples cansaço do cansaço.

sexta-feira, 5 de março de 2010

e quem falou que era pra ser fácil?


mais um dia chutando postes.
eu sempre falo isso porque, quando adolescente, quando ficava com raiva, chutava mesmo os postes pela frente. depois, li uma poesia de leminski e os chutes foram oficializados.
chuto postes quando sinto raiva, mágoa, dor, coisas que não dá pra descrever.
me sinto um bichinho acuado e dá-lhe postes.
mas, tudo bem.
os dias passam, as feridas vão se fechando e eu continuo aqui, linda e loura.
até parece que sou a mais metida, mas não.
sou só eu mesma brincando de ouvir o que os outros dizem. sim, por é isso que dizem...
então, mãos a obra e vamos a vida que me espera. o sol tá lá fora brincando ou brigando com a chuva, ainda não sei.
mas eu não vou ficar aqui dentro não... vou brigar pelo meu espaço também que é divino.

"dois loucos no bairro
um passa os dias
chutando postes para ver se acendem
o outro as noites
apagando palavras
contra um papel branco
todo bairro tem um louco
que o bairro trata bem
só falta mais um pouco
para eu ser tratado também”

quarta-feira, 3 de março de 2010

amanhã é dia!!!


AMANHÃ ELE VOLTA EM NOVOS EPISÓDIOS!!!

mais um!


é. agora vou começar a marcar na folhinha ou fazer quadradinhos pra marcar os dias de sobrevivência!!!
só rindo mesmo.
a noite foi, digamos, quase que uma réplica das réplicas do chile, mas as fissuas na estrutura já estão (contrariamente) sedimentadas e nada aumenta. eu e minhas metáforas.
quero dizer que o estrago já feito em minha alma tá feito e não aumenta, parece que não vai passar disso.
e, aco contrário do que se pensa, eu ainda mantenho o bom humor, faço piadas, canto no banheiro, essas coisas.
não sei se é lourura total ou uma reação absurda ao sofrimento, tentando negá-lo. mas é assim que lido com ele, acho que há mais tempo do que presumo.
de qualquer maneira, mais um dia passou. pelo menos, não foi um dia lindo de sol, daqueles que você tem raiva porque está triste e o dia ri lá fora.

não fugi das minhas responsabilidade, o que é um progresso.
estou nervosa e impaciente, mas também a perfeição tá longe de ser uma das minhas pretensões.
meu corpo começa a se alinhar, se endireitar.
pro rosto, nada que um bom corretivo, um pó básico e um blush e uns apertõesinhos na bochecha não resolvam.
marc jacobs para os olhos e vamos lá.
chanel criou seu "pretinho bácico" em seu maior momento de dor.
toda mulher tem uma carta na manga...

um dia de cada vez


pros meus pais, rô, meu tio milo, má, thiago, alcion, pi, dú, zeca...

é.
lema dos alcoólatras anônimos serve pra quase tudo.
se decidir pelo correto, pelo melhor, pelo decente, deveria ser bem mais fácil, inerente a nossa vontade até.
mas não é.
dar tchau pra um sentimento que você insistia que não tinha nome e acreditava que não teria fim dói, dói muito mais que qualquer coisa que você possa experimentar na vida.
e, aí, a única maneira de fazer com que os dias passem é esse mesmo: um dia de cada vez.
dormi pra caramba. acordei e fui direto fazer o que tinha pra fazer. pensar em trabalho, terapia pra ajudar a espantar o fantasmas, cortar o cabelo pra ocupar o tempo e começar a cuidar de mim.
conversar com quem aparecer na sua frente também é muito bom.

voltei pra casa e meu corpo ainda pedia mais. mais descanso, mais cama, porque tudo que se faz contra a vontade cansa bem mais.
mas, tudo bem. "vai chegar um dia em que vou olhar pra trás e pensar: caraca! e não é que eu fiz o certo?!". sinceramente, pra um corpo e uma mente tão cansados de sofrer, de brincar de rambo e nunca esmorecer por completo, não é nada fácil.
já escapei de muitas, eu sei.
já driblei, matei no peito e fiz gol. mas tudo tem seu custo e suas marcas.
o custo e a marca dessa vez são grandes e valiosos demais. foram pedaços e pedaços de mim que foram retirados, modificados, esquecidos.
o processo de volta é lento e doloroso.
mas acho que ainda sei o caminho. e, por sorte e merecimento (acredito!), tenho ao meu lado pessoas que seguram na minha mão.
são essas pessoas que me fazem encontrar a vida novamente.
e, piegas ou não, eu só posso agradecer.

terça-feira, 2 de março de 2010

pés (sempre lindos) na estrada


caraca! segunda-feira braba. vamos combinar uma coisa logo de cara: março é o mês que antecede meu aniversário. se existe outro tipo de inferno, o tal inferno astral, tô nele.
então... eu tentei ser diplomática, mas o mês começou já nas trincheiras. e eu lá, tentando saber o que fazer. não nego: o dia terminou bem, tomei finalmente decisões doloridas e proteladas por anos, fiz uma limpeza no guarda-roupa da minha alma. o que ainda me cai bem, ficou; o que não uso há 2 meses, suspenso temporariamente e o que tem me feito cair totalmente, foi definitivamente jogado fora. não sou de jogar nada fora, sou ecologicamente correta. mas sentimentos que não fazem bem a não ser a uma pessoa egoísta, objeto do sentimento, faz mal pra qualquer um. então, descarga no chip, barricadas virtuais armadas e força tarefa em alerta.
parece guerra?!?! não só parece, é. lutar contra sentimentos da gente, ainda que errados, é a mais mas inglória das batalhas. sabemos que há somente uma baixa, a nossa.
mas nada nos impede de dar uma de alienada básica, de poliana ou alice, e ver o mais triunfal do finais, onde tudo acaba bem, a trilha sobe, enchendo a sala de esperança. e quem sabe um cavalo branco me espere em algum lugar. nem precisa de princípe, não sou assim tão bobinha, mas o cavalo branco tem glamour.
é isso. dia primeiro de março e uma nova fase. vou cuidar de mim e fodam-se os outros. já peço desculpas antecipadas se meu comportamente magoar ou assustar alguém, mas não erá sido em vão, eu garanto.
irei começar a terça depois de algumas horas super necessárias de sono, quem sabe um sonho bom e muita vontade de viver. simplesmente, porque o que sou não vale a pena ser desperdiçado.
falei!

segunda-feira, 1 de março de 2010

que março seja bem vindo...


... e passe logo pra chegar abril!

era um domingão...


ainda nos meus primeiros anos de faculdade, eu ouvia sempre umas músicas absurdas, sei lá. foi uma fase bastante "alternativa", na falta de outra palavra melhor agora. mas me lembro de uma que nem sei se a letra era essa mesmo ou os anos fizeram com que ela ficasse assim, mas era mais ou menos assim: "era domingão, tinha muito sol, meu avô na frente, minha avó atrás, o rádio a mil, que legal..."
nada que faça sentido. mas também eu nunca procurei sentido pra isso, nem com os anos passando. e sempre que eu penso em domingão, ele vem como essa música na minha cabeça.
putz, eu era feliz e sabia.
era completamente sem noção, fazia o que queria e mal parava pra pensar. aliás, parar era coisa que não fazia mesmo. era faculdade, cursos, conversas, amigos, fofocas na portaria do prédio, loucuras tomando sol "na laje" - entenda-se: no prédio onde morava não tinha piscina e só morava uma moçada sem lenço nem documento. qual a opção?!?! o "telhado" sei lá do prédio, também chamado de heliporto, mas confesso que nunca entendi a existência das antenas naquele chamado heliporto.
os domingos de sol naquele heliporto eram simplesmente tudo de bom. muita risada, um monte de absurdos, até balde com água rolava!!!
aliás, o edifício lucerna, 546 da rua frei caneca, foi onde passei anos incríveis. desde os primeiros da faculdade, alguns anos de namoro sério, anos de amizade intensa, descobertas inesquecíveis.
e eu espero, sinceramente, que sempre que comece a cantar mentalmente "era um domingão, tinha muito sol...", o mesmo sorriso inocente e maroto de sempre apareça.
simplesmente porque ERA MUITO LEGAL!