quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

a cura da alma


comecei a escrever como uma maneira de deixar sair um pouco de dentro de mim mesma. mas, de repente, percebo que o único lugar seguro é aqui comigo, sem olhar pros lados nem ouvir, ver ou falar.
sentimentos ainda são muito complexos para que a grande maioria das pessoas entenda os seus próprios. quanto mais os dos outros!
as ditas ciências, como a psiquiatria não tratam realmente dos sentimentos da alma, caso a pessoa do outro lado não esteja realmente comprometida com o bem-estar do outro do lado de cá.
é preciso se despir de preconceitos, amarras, julgamentos, alguns princípios e pensamentos pra que se entenda a alma do outro e a possa curar. porque esse deveria ser o real sentido da psiquiatria: curar a chamada dor da alma, ou as dores da alma.
qualquer passo no sentimento contrário, machuca ainda mais a alma e a fecha, talvez de maneira totalmente inalterável.
as pessoas se fecham dentro de si mesmas não por covardia, medo ou falta de coragem. mas sim porque só mesmo dentro delas mesmas elas podem ser como são.
as pessoas julgam. os psiquiatras, muitas vezes, subestimam seus pacientes. ou superestimam seus "poderes" de cura.
perder a confiança em alguém em que você depositou anos e anos de sua vida, seus segredos mais íntimos e revelou suas fraquezas, pode ser fatal.
olhar praquele que deveria proteger você como parte do seu problema também.
e, acredito, com minha parca experiência de vida, que é nessas horas em que qualquer pessoa possa enlouquecer e escolher por esconder totalmente a sua alma.
a partir de hoje, minha alma não estará mais aberta a visitações. ninguém mais me dirá o que é certo ou errado ou se meu sentimento faz sentido ou não.
serei dona e senhora da minha própria alma.
se isso vai me isolar completamente do mundo, não sei.
se vou enlouquecer, também não sei.
mas juro que manterei intacta minha esperança de me libertar.

compromisso público.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

confusa de novo


estou radicalmente confusa.
muita coisa acontecendo. muitas pessoas aparecendo.
e eu fico confusa com meus sentimentos. tenho fugido de gente há anos. de repente, a impulsividade me toma e aparecem pessoas na minha frente que tiveram um papel importante em determinada época. época essa que passou. sinto saudades. sou tomada por uma enorme nostalgia.
mas a dúvida me acompanha.
fico pensando naquela coisa de que tudo tem a sua hora. eu sempre fiz a minha hora. bastava querer.
e agora? eu simplesmente me deixo levar e não sei mais das horas.
isso me assusta. me tira do controle. me apavora na realidade.
não sei se quero. não sei se devo.
me exponho, depois me retraio.
é certo que não sou mais a lagartinha cdf de anos atrás. como me disse uma amiga, me tornei uma borboleta linda e poderosa.
mas o que é mesmo que eu quero?
sugestões serão muito bem aceitas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

we're on the road to nowhere


como é gostoso aceitar o inesperado.
os letrados que me desculpem, mas dinho ouro preto estava certo: meu caminho é cada manhã!
essa sensação de estar livre e ter o espírito livre pra mudar seus planos e aceitar um convite de última hora e ir parar em toque-toque por uma noite.
escolher a liberdade é a melhor escolha da vida. e é uma escolha que tem que ser renovada a cada manhã, com certeza. porque, como já sei e não me canso de repetir, a liberdade tem seu preço. e o preço é alto.
falam da sua presumida irresponsabilidade, inconseqüência, impulsividade.
mas, enquanto alguns se embriagam de álcool, eu me deixo levar pela intensidade. o efeito é raro e degustado em cada centímetro da alma.
sim, as coisas que vêm naturalmente, nascidas da espontaneidade são as mais importantes.
e é demais de bom saber que tem gente que enxerga isso. que sente de verdade o gostinho do inesperado, das coisas que acontecem do nada.
essa semana será a semana dos brindes!
e um longo brinde ao inesperado!

pra você, kiki!!!


She's a good girl, loves her mama
loves Jesus and America too
She's a good girl, crazy 'bout Elvis
loves horses and her boyfriend too

It's a long day livin' in Reseda
there's a freeway runnin' through the yard
and I'm a bad boy, 'cause I don't even miss her
I'm a bad boy for breakin' her heart

Chorus
And I'm free, I'm free fallin'

All the vampires walkin' through the valley
move west down Ventura Blvd.
And all the bad boys are standing in the shadows
All the good girls are home with broken hearts

(Repeat Chorus)

I wanna glide down over Mulholland
I wanna write her name in the sky
I wanna free fall out into nothin'
Gonna leave this world for awhile

TODA A SORTE E FELICIDADE DO MUNDO!
te amo muito!

domingo, 13 de dezembro de 2009

a casa do caralho

nossa, mil idéias na cabeça!!!
outro dia, encontrei uma "velha amiga" e comentei do blog. sim, comecei a dar a cara pra bater! e ela me perguntou se era uma versão digital da antiga "casa". putz, que saudade me deu da "casa". sem segredos, a casa era a "casa do caralho", resultado de uma noite de sábado de carnaval quando eu e mais duas outras "velhas amigas" tomamos um porre de coca cola e, putas com os respectivos, quase morremos (a clau quase que literalmente) de rir aos botarmos na mesa todos os momentos sexuais inesquecíveis proporcionados pelos atuais e antigos homens das nossas vidas.
acertamos tudo: as histórias, nome do livro, entrevistas em programas de tb (incluindo o famoso "quem sabe faz ao vivo", onde a ka teria que mostrar seus dotes ao vivo, resultado de uma das situações hilárias que passou), a clau entrando de ladinho no programa do jô pra contar o incrível nascimento da bia e outras coisas.
claro que os tais "homens das nossas vidas" iriam negar, mas era tudo verdade. e engraçadíssimo. coisas de 3 cabeças criativas, vazias e sem absolutamente nada pra fazer. mas que faziam tudo virar engraçado, inclusive as tragédias.
meu, lembrar da ka falando do "yes" de um deles me faz querer voltar no tempo, com exceção de vivenciar todas as tais situações novamente.
acho que a casa do caralho virou uma espécie de lenda urbana com quem convivia com a gente naquela época.
mas, como eu sinto falta dela! e de conseguir rir tanto dos meus micos e dos vividos pelas outras duas.
qualquer sex and the city não chega nem aos pés da casa do caralho. claro que as 3 tinham um "background" de redatoras, mas isso nem vem ao caso.
o melhor mesmo era a cumplicidade de 3 mulheres que tinham coragem de expor com a maior clareza do mundo situações patéticas, se divertir e ainda fazer história!

um brinde à Casa do Caralho!!! e aos homens das nossas vidas patrocionadores de tantas risadas!
p.s. e ká: tomar no cu?!?! oba!!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

as mulheres pimenta


me lembro direitinho de doris day em "calamity jane" ou "ardida como pimenta". passava na sessão da tarde quando eu era criança e eu praticamente fui educada em cinema e em outras coisas pela sessão da tarde.
ela era daquele tipo de mulher que faz tudo: usava calças jeans com as barras dobradas, blusas xadrez com as mangas também dobradas e a cada vez que a provocavam, postava os braços como asas como quem diz "vai encarar?!?!".
foi essa a lembrança que doris day me deixou. a de uma mulher que sabe o que quer, que faz o que quer e, se alguém perguntar, "vai encarar?!". a doris day cantando "que será, será" ficou pra trás.
eu gostava mesmo era da briguenta, que enfrenta deus e o mundo e quem mais vier. acho que mais tarde, anos depois, com a dita liberação feminina, sutiãs em chamas, as "calamitys janes" são hoje as mulheres poderosas, independentes, livres, aquelas que a gente vê muito mais femininas mas conscientes do seu poder em "sex and the city".
aí, eu me pergunto. de carrie bradshaw só tenho os cabelos cacheados e levemente loiros e a mania de escrever. morro quando ela corre em plena calçada de manhattan em saltos manolo blanik. talvez tenha algum senso de estilo (eu tenho! e muito!!! modéstia às favas). das outras 3, absolutamente nada, eu acho.
mas, de uma coisa eu tenho certeza: essas mulheres me ensinaram uma lição que não tem preço.
me tornei uma mulher corajosa, poderosa e cheia de estilo! uma verdadeira mulher pimenta!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

trago essa rosa...


para te dar!
trago essa rosa
para te dar!
ai, como eu queria poder dar rosas assim, de repente, do nada, pra todo mundo que sorrisse.
óbvio que a primavera é a melhor estação do ano. dias lindos, aquele sol nem tão quente nem sem graça, os dias que se alongam, a brisa inesperada num dia de tarde, a chuva.
aquela música ecônomica que o tim maia canta é perfeita.
precisa mais?
precisa mais do que uma rosa pra dar pra alguém que vc ama e de quem quer estar perto em todas as estações do ano, seja no inverno, outono ou verão?
só que, na primavera, tudo é ainda mais lindo!
um amor que faz aniversário na primavera é perfumado por excelência.
um amor que nasce na primavera tem a suavidade das rosas, das flores, desse hiper colorido pedaço da natureza.
as rosas expressam tudo. e a primavera é a coroa de qualquer rainha!
primavera tem gosto de sorvete no banco da pracinha, escorrendo pela mão e você tentando lamber tudo para não ficar toda melada, morrendo de rir porque enquanto lambe de um lado, escorre do outro.
por isso, meu anjo da primavera, tenha sempre um rosa para me dar...

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

eu só quero é ser feliz!

quando eu era criança, como todo mundo, queria ser de tudo: concertista de piano, veterinária, geneticista, missionária, voluntária da cruz vermelha, trabalhar na onu, morar em paris, sei lá mais o que que.
hoje, depois de anos, de acabar sendo publicitára sei lá porque, só quero é ser feliz.
porque tudo se aprende, mas não há escola para felicidade. nem pós, nem mba. tudo isso é muito mais fácil que ser feliz.
ganhar o pulitzer ou o nobel deve ser mais fácil.
e a felicidade é tão simples.
contraditório mas real. fazer o que?
billy wilder, um dos maiores cineastas da história era triste.
solomon, escritor de renome, deprimido.
jack kerouac se embebedou até a morte.
rita hayworth, também conhecida como gilda, a mulher que todos queriam, morreu só e com alzheimer.
e eu só quero ser feliz, mais nada.
ser feliz devia ser como andar de bicicleta: depois que você aprende, nunca mais esquece.
mas não é tão simples. não por enquanto. não enquanto houver mediocridade e hipocrisia.
quem lê tudo isso, se é que alguém lê, pode até achar que sou triste, vivo no escuro e me visto de preto.
não, eu não sou assim.
tenho sorriso fácil, gosto de ajudar e dizem que perto de mim ninguém fica triste.
talvez, eu ainda consiga ser o que eu nem sabia quando era criança: que sendo feliz você pode ser tudo o que quiser.

p.s. eu também queria andar tranqüilamente nas favelas, mesmo não tendo nascido em nenhuma delas.