quarta-feira, 24 de março de 2010

a arte de mudar


a arte de mudar, de se refazer, tem muitas sutilezas que desconheço ainda.
se refazer depois do final de uma grande paixão ou coisa parecida acontece todos os dias, mas "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". isso signfica que nunca é igual, é óbvio.
pra alguns, deve ser mais fácil. pra mim, a eterna apaixonada criada pelos filmes em preto e branco da sessão da tarde, não é nada fácil. se me perguntam: você gosta de literatura, respondo que sim. se me perguntam de que, tenho receio de ser blasè ao falar que adoro os poetas ingleses do século XIX, como donne, yeats, keats e shelley, aqueles que morriam de dor do amor.
mas estar apaixonado não é tudo de bom?
você vê tudo de uma maneira diferente, e parece que os outros te vêem de maneira diferente tb. e tudo é uma delícia. aqueles olhares lânguidos onde você literalmente se derrete e se confunde ao outro, o frio na barriga, o otimismo exagerado, a alegria desmedida.
e você fica linda! os olhos brilham. a pele vira uma seda.
tudo isso é bom demais.
por tudo isso deve ser tão difícil quando uma paixão acaba.
mas, como todo fim dá caminho a um novo começo, basta ser dorothy, poliana ou alice e esperar pela próxima paixão que, como nas comédias românticas de hollywood, pode estar no supermercado ou na fila da casa lotérica.
e, caso o seu brilho esteja um pouco ofuscado, quem sabe sua próxima paixão pode estar no caminho de uma loja de perfumes, gloss, sombras, esmaltes extra brlho?
se a arte imita a vida, não custa imitar a arte e acreditar que o amor acontece a qualquer hora e em qualquer lugar. simplesmente acontece.
falei!

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