sábado, 31 de julho de 2010

sabadão

sábado de limpeza espiritual.
tanta gente fala tanta coisa que resolvi dar ouvidos a alguns mais próximos!
sabe aquelas coisas? olhar pra mim, pensar em mim e cuidar de mim.
como eu tô zero bala, resolvi sair colocando ordem nas coisas que preciso pra ficar em ordem.
tirando um furo animal no dedo, foi ótimo.
cansaço físico, dor nas costas, mas renovações. mudanças de coisas do lugar. mudanças de energia.
segunda será um dia novo. e minha atitude vai junto.
chega de chorar pitangas (eu adoro pitangas!!!).
deu. chega.
é agosto e vai ser o mês mais legal do ano. antecipando a primavera, estação primeira!!!
falei.
é isso.
punto e basta!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

mulher de fases

bem, eu sou aquela que convencionou-se chamar de "instável emocionalmente". tenho cólicas homicidas a cada vez que ouço isso.
e a razão é muito simples.
se ser instável, é mudar de idéia, humor, vontade, ou sei lá o que, eu sou instável mesmo, graças a deus.
eu me permito querer agora e não querer depois. eu me permito não ser obrigada a nada. eu quero ser livre pra poder mudar a vontade sem ter que ficar dando milhões de explicações e me justificando. e, caso isso seja instabilidade emocional, que seja. eu aceito.
afinal, que culpa tenho se, num dia acordo bemol e no outro sustenido?!?! (vergonhosamente chupado de uma poesia de leminski).
é assim que eu sou. toda sorrisos num minuto e pronta a me tornar uma serial killer no outro.
quem quiser, que fique perto que, até hoje, ninguém perdeu muita coisa. (a não ser eu!!!! mas é o preço de ser "emocionalmente instável"!)
aos outros, garanto doses de monotonia, tédio e nada de surpresas.
porque o grande barato de ser instável é estar emocionalmente aberta a grandes idéias e a criar grandes surpresas.
falei.

terça-feira, 27 de julho de 2010

a vida é como uma caixinha de bombons


hoje eu estou um porre. nem eu me agüento.
isso pode até soar brincadeirina, mas é sério. e muito.
você já se cansou de ser do jeito que é? eis meu problema. tô cansada de mim, das besteiras que já fiz, de como levo minha vida.
minha vida, nesse exato estágio, tá insuportável de chata.
eu sou ariana, gosto de extremos, gosto de aventuras, gosto de testar limites.
e agora, me sinto aprisionada por mim mesma.
e estou.
até pra sofrer eu tenho que ser intensa e dramática.
mas, asseguro com 100% de certeza que é um saco.
estou triste, daquelas tristezas que te fazem parar pra pensar: esse caminho é mesmo o melhor pra mim?
é por aqui que eu quero me enfiar?
e fico ainda mais triste quando dou de cara com a resposta: NÃO!
não era aqui que eu queria estar. não é a esse lugar nem a esse momento que eu pertenço. eu não me encaixo a esse espaço.
eu não sinto orgulho de grande parte das pessoas que me rodeiam. isso é triste demais.
eu não me encaixo nessa vidinha que venho vivendo.
pronto. falei!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

eu quero um anjo só pra mim!


na na ni na nãooooooooooooooooooooooooooo!
não adianta os anjos descerem à terra que hoje eu tô de saco cheio.
e, ainda, pra completar, vou ao médico: eu falo, falo, falo, ele anota, anota, anota e pronto. ele me dá uma receitinha, marca o retorno e pronto!
caraca! ele não vai mandar o mundo parar porque eu tô puta da vida?!?!
não, parece que não.
é, porque é assim, né?! quando a gente tá puta, acha que o mundo todo tem que parar pra ouvir, passar a mão na cabeça e colocar no colo.
mas não é bem assim no mundo real.
no mundo real, a sua mãe chega quando você tá prestes a cometer um crime literário e reclama porque joga muito papel higiênico no vaso!!!
a vida é trágica, mas é cômica.
hoje tá ruim, amanhã pode estar pior. ou melhor, quem sabe.
mas esperar esse tempo de um passar pro outro cansa, demora, me deixa de cabelos brancos.
o jeito é ir na farmácia, comprar o remedinho e esperar.
vai que um dia os anjos resolvem descer na terra e um deles me leva pela mão...

domingo, 25 de julho de 2010

coração espanhol

putz, é muito engraçado se a gente não pensar o quão trágico pode ser.
domingo é dia de, de, de... domingão do faustão.
e minha mãe, orfã da cinelândia, vera cruz e rádio nacional, adora a dança das famosos!!!
e eu acabo fazendo companhia quando estou por aqui.
e fico ouvindo esses caras falando do paso doble, das características e etc.
parece que eu sou o próprio: intempestivo, intenso, bravio... o olhar no corpo todo procurando a presa.
caramba! não dá pra negar que leu lado espanhol, juntando signo e etc, me faz o próprio touro que vai logo de cabeça pra arrebentar qualquer coisa.
eu já fui bem pior.
hoje, acho que tô mais calma, um pouco mais equilibrada e consciente. tanto das minhas fraquezas, das minhas forças e de todo o resto.
mas que esses ritmos me fazem sentir o fundinho da alma, fazem.
eu adoro, me descreve, me estremece.
sempre fui apaixonada pelos filmes de saura, antecessor no cinema espanhol e de seu "muso", antonio gades. me lembro do quandt me entristeceu a sua morte.
os olhos dele quando dançava simplesmente sugavam a alma de quem o olhava.
é isso!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

dor - tratar antes que se torne crônica


dor, palavra chata. ela nunca traz nada de bom pra gente.
e, agora, minha dor é do tamanho do mundo.
fquei muito tempo perdida e tive quem me ajudou.
e, hoje, quando contei uma coisa muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito legal mesmo pra ele, ele foi frio, não esboçou a menor alegria.
e isso me corroeu por dentro.
é óbvio que nem todos os dias são perfeitos, que tem dias em que vc tem vontade de sair na rua no melhor estilo e brincar de michael douglas em dia "dia de "fúria".
eu respeito os sentimentos dos outros. ou, pelo menos, tento.
e por pior que eu esteja, se alguém que amo está feliz, eu fico um pouco feliz também.
mas não suporto a indiferença. aquele coisa de "não tô bem portanto pouco me importa a felicidade dos outros, não quero falar dela".
e isso machuca. e o machucado dói.
ninguém é obrigada a se sentir feliz por mim.
mas eu também não sou obrigada a aceitar qualquer coisa ou sentimento sem saber o que acontece.
se a sua dor te deixa aborrecido, tente dividir. pode fazer bem.
mas nunca magoe ninguém por um coisa que é "só sua". e entenda que a euforia de quem está feliz gosta de ser celebrada.
não condene nem afaste. não seja grosseiro ou se mostre indiferente porque seus dias não têm sido bons, principalmente por quem faz parte dos seus dias e já comemorou sua vitórias e te colocou no colo nas suas tristezas.

sinto muito pela sua tristeza, mas sinto ainda mais pela minha. eu não sei nada sobre você.

terça-feira, 20 de julho de 2010









desisto de tentar entender as escolhas da vida.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

cansaços a parte

é chato.
impossível de evitar. a gente pensa numa coisa, faz tudo pra que dê certo, se esforça e a coisa não vai pra frente. desanda. sei lá.
fica um vazio enorme.
eu não sou uma mulher típica. dessas que nasceu pra casar e ter filhos. eu nasci só pra viver a minha vida.
quem vem junto com ela é quase sempre bem vindo. às vezes, dá errado, né? nem todo mundo é legal.
outras vezes, a relação não é o que a gente quer. as pessoas têm outras prioridades, outros sentidos pra vida.
e eu só quero é ser feliz.
e quero feliz também quem estiver do meu lado.
não quero ninguém preso a mim, nem contra a vontade, nem se sentindo cobrado ou preso.
é totalmente previsível e batido aquele negócio de "deixe livre e se voltar é seu"! mas não acho que seja verdadeiro. conheço muita gente que volta não por quem teoricamente o deixou livre, mas pela situação toda.
e isso só faz outras pessoas sofrerem.
e eu cansei de sofrer pela infelicidade e insegurança dos outros.
eu cansei de deixar de ter o que posso e mereço.
eu cansei de deixar de ser quem eu devo ser.
é isso.

domingo, 18 de julho de 2010

novamente, os sons...

um tempo depois da fedelha estudar italiano e sair por aí querendo pilotar uma scooter, eu resolvi estudar espanhol.
e, agora, ouvindo minha mãe assistindo "domingão do faustão" (!!!), impossível deixar os quadris quietos ouvindo "mi buenos aires querido"... acho que, vamos combinar, tenho uma leve mania de estudar as línguas pela musicalidade. anos e anos de estudo de piano me fizeram assim.
e como não deixar de se encantar e querer se transportar direto pra el caminito e ficar assistindo aos shows de rua da capital portenha.
um amigo me disse antes que eu viajasse pra buenos aires: não assista aos shows de tango. tangos são tristes, chorosos, deprimentes...
esse não foi o motivo pra que eu não fosse a qualquer um deles. foi o preço mesmo. sempre muito caros.
aí, eu via o tango nas ruas.
sentava por minutos numa das inúmeras praças lindas e ouvia a musicalidade das palavras. a elegãncia natural dos argentinos. o grisalho sedutor.
novamente, me desculpe. mas me apaixonei completamente pelo país, pela língua, pelas ruas por onde caminhou borges e pelos argentinos lindos, charmosos...
anos depois, me apaixonei por um apaixonado por tangos. pura ironia.
bem, "adios muchachos...".

"per mio core" - com direito a licença poética

texto original removido.

na noite de sábado para domingo, eu vi um desses filminhos bobinhos na tv. e era em italiano.
eu, apaixonada pela musicalidade da língua, me lembrei de como eu era doce e inocente aos 17 anos quando comecei a estudar. eu achava a língua pura mágica e, de certa forma, achava que saber falar italiano ia me deixar um pouco como a língua: melodiosa, doce, mas firme, sedutora e coisas afins.
eu estudei na casa di dante, na frei caneca, e aquela casa me parecia um castelo, e eu era a princesa.
a princesa que ia conquistar o mundo com a mágica e a musicalidade das palavras.
enquanto escrevia o texto, eu tinha 17 anos de novo e era doce, inocente e apaixonada.
dias depois, levei um baita fora.
pensei que alguém ia ficar feliz com uma conquista minha, mas não era o momento dele.
e ele é o meu core, como a gente fala. nada de cuore, como no italiano.
o texto todo era pra ele, falando de mim.
fiquei tremendamente triste e ainda estou. era importante pra mim que ele partilhasse daquele momento. mas, como muitos outros momentos, ele não partilhou.
nem sempre ele pode dividir coisas comigo.
nossas vidas têm rumos diferentes.
mas eu pensava na fontana de trevi e imaginava que eu podia, um dia, talvez, conquistar o mundo com uma moedinha.
do texto, já não me sobrou nem a inocência nem a cadência nem nada.

só me lembro de uma frase: "se saudade só existe em português, amore só existe em italiano".
é isso.

Scusa Ma Ti Chiamo Amore

Scusa ma ti chiamo amore
Non so dire nulla più
Scusa se ti ho dato un nome
Dico solo che sei tu
Che ridisegni il mio destino
E colori il desiderio dentro gli occhi miei

Io non ho più freddo adesso
Che ho imparato a piangere
E non ho paura quando sento di rinascere
Mi rimetti in gioco adesso
Lascio correre il mio cuore verso di te



Nomi troppo tardi in tasca
Ora ho la libertà
Puoi tirarla fuori quando vuoi

Una vita da riscrivere
Nel tuo cuore che ha mille pagine
Sfoglierò poesie che parlano di noi
Un amore che non ha età

Scusa ma ti chiamo amore
E non posso dir di più
Scusa se non posso avere
Gli anni che hai ora tu
Ma conservo quell'istinto per volare come un aquilone in libertà

L'amore non è convenzione
Non si delimita
Scorre nei nostri cuori ormai

Una vita da riscrivere
Nel tuo cuore che ha mille pagine
Parlerò di un amore che oltrepassa le distanze e non si ferma mai
Non si ferma mai

Una vita da riscrivere
Nel tuo cuore che ha mille pagine
Sfoglierò poesie che parlano di noi
Un amore che non ha età

Scusa ma ti chiamo amore
Non so dire nulla più
Scusa se ti ho dato un nome
Ora puoi chiamarmi anche tu

sábado, 17 de julho de 2010


palavras que não dizem nada.
imagens que não dizem nada.
bocas e corpos que não dizem nada.
simplesmente, porque, ás vezes, nada há pra ser dito.

uma nova mulher!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

clouds inside


hoje eu tô como o dia, nublada por dentro.
ouvi de alguém de quem gosto muito algumas palavras que entraram como punhal mesmo, usando um dos maiores clichês do mundo.
eu sempre fui tão certinha. sempre fiz tudo tão certo. e parece que, quando resolvo sair o mínimo possível da linha, lá vem pedra.
e eu nem fiz nada que fosse ofensivo.
foi uma coisa boba que durou alguns minutos, mas as palavras continuam aqui na minha cabeça.
é, eu sempre fui a certinha e parece que agora virei a vadia.
e é horrível quando você faz um monte de coisas legais pra alguém e parece que só aquela besteirinha tem valor.
tudo o que foi feito antes fica apagado, esquecido.
é chato. mas são coisas assim que fazem com que a vida fique com aquele gostinho amargo. que desmancham todo aquele mundo particular que você criou. um mundo sem regras, onde tudo pode ser feito, contanto que todo mundo encare do mesmo jeito.
e, foi assim. eu fiz um monte de coisas e uma só, a errada, parece ter ficado.
e isso é uma merda!

domingo, 11 de julho de 2010

vencer, vencer, vencer...


me desculpem, mas meu lado espanhol é tão orgulhoso como os originais!
e minha avó ainda nasceu na mesma cidade de f.g. lorca!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

eu tô com vontade




é isso. eu simplesmente tô com vontade.
de qualquer coisa. de fazer compras. de sair pra passear. pra tomar sorvete.
vontade, sabe como é?
como diria o dicionário, força interior que impulsiona o indivíduo a realizar aquilo a que se propôs, a atingir seus fins ou desejos; ânimo, determinação, firmeza.
poxa, é tão bom e tão simples.
agora, não me venha perguntar do que.
simplesmente, porque vontade serve pra tudo. inclusive pra tomar aquela coca-cola geladinha que acompanha perfeitamente uma pizza, se é que você me entende...

terça-feira, 6 de julho de 2010

nada, nada, nada


hoje eu não tô triste, não tô chateada, não tô frustrada, não tô nada.
só tô assim meio vazia, sem emoções.
nada contra. tô na minha e o mundo que se exploda, contanto que o barulho não seja muito alto.
tô com mil planos na cabeça, mas que culpa tenho eu se o mundo funciona em horário contrário ao meu?
tenho que mandar arrumar o solado de uma das minhas botas. escolher um óuclos novo. ligar pro cara entregar meu carro que era pra estar aqui na sexta.
fazer mil mudanças na loja. mas, e aí?
será que dava pro mundo ser 24 horas ou 48 direto, sem intervalos?
poxa, que culpa tenho eu se prefiro fazer as coisas em um horário incomum.
sinal de que sou incomum, graças aos bons deuses.
quer coisa mais chata do que ser aquele tipinho sem graça nem sal. cruzes!!!
bem, glamour tenho de sobra. só me falta mundo 24 horas e um pouquinho de dinheiro pra comprar sei lá o que.
porque, nessas horas, das duas uma: ou uma noite de paixão ardente pra deixar qualquer dermatologista com raiva ou compras.
eu prefiro a noite ardente. meu guarda roupa de patricinha funcional tá abarrotado.
mas minha paixão tá longe. ou longe de existir, sei lá.
bem, pra falar bem a verdade, hoje eu tô assim: acéfala, sem saber de nada.
é isso.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

que joguem a primeira pedra!


dar é dar.
fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
mas dar é bom pra cacete.
dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
te chama de nomes que eu não escreveria...
não te vira com delicadeza...
não sente vergonha de ritmos animais.
dar é bom.
melhor do que dar, só dar por dar.
dar sem querer casar....
sem querer apresentar pra mãe...
sem querer dar o primeiro abraço no ano novo.
dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
te amolece o gingado...
te molha o instinto.
dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
dar é bom, na hora.
durante um mês.
para os mais desavisados, talvez anos.
mas dar é dar demais e ficar vazio.
dar é não ganhar.
é não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
e não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
é não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra daro primeiro abraço de ano novo e pra falar:'que que cê acha amor?'.
é não ter companhia garantida para viajar.
é não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
dar é não querer dormir encaixadinho...
é não ter alguém para ouvir seus dengos...
mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
esse sim é o maior tesão.
esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar
experimente ser amado...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

as imagens e os que elas querem dizer...

cheiros e peles e sonhos

desabafo

essa gravura tem me incomodado há aproximadamente uma semana.
depois de ter meu celular totalmente destruído, fiquei procurando um descanso de tela que não fosse daqueles idiotas que vem junto do aparelho.
dei de cara com essa e gostei.

tava me sentindo bem quando a escolhi. segura de mim.
dias depois, ela passou a me incomodar como se a fosse a personificação de um tipo de fracasso pessoal. o fracasso da minha sexualidade, da maneira como me vejo como mulher.
tudo porque a ilustração me passa uma sensação de segurança de ser quem é, o que é.
no momento da escolha, era assim que me sentia: livre, leve, solta e segura.
dias depois, como pra qualquer mulher comum, isso foi abalado sei lá porque. e cada vez que eu olhava pro celular, me sentia uma grande mentirosa.
afinal, qual mulher é assim tão segura de sua feminilidade?
se ela sair na rua e não receber nenhum olhar, pra onde vai sua segurança tão apregoada.
sei lá.
troquei o plano de fundo por um bonequinho idiota.
cinco minutos pra perceber que ele era ainda menos parecido comigo.
um bom banho, roupa limpa e perfume e voltei pro plano de fundo.
quer saber?
eu sou mesmo uma mulher interessante. e odeio celulares.
eles não fazem nem farão jus a quem sou nem ao que quero.
então, dane-se.
olhem pros meus olhos e não pro meu aparelho nokia e saberão quem sou.
é isso.