segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

oficialmente triste, chateada, o nome que quiserem...


eu sempre fui muito sincera quanto a isso. quando a depressão de verdade me pegou, eu ainda tentei resistir. mas acabei aprendendo a dura diferença entre tristeza e infelicidade.
deixei a infelicidade de lado já por um bom tempo.
e mesmo que eu não goste de reconhecer, tristezas acontecem. basta tentar e saber equilibrar o valor que a gente vai dar pra ela.
eu sempre digo que a tristeza não combina comigo. sempre faço piadinhas. é o famoso sorrir pra não chorar.
hoje em dia, tenho que confessar, é difícil chorar.
mas estou bastante triste, perdida, sem rumo...
a vida familiar é sempre difícil. conviver não é fácil nunca. hoje mesmo, tive mais uma prova disso. fui ao aniversário da filha de uma prima. dei muita risada, falei mil besteiras (como sempre), fugi de muitas crianças e depois sentei pra conversar com meu tio na escada. meu tio e padrinho estudou até a antiga quarta-série do grupo escolar, mas vem acumulando sabedoria pela vida toda. falamos das dificuldades, das manias, de coisas que não mudam e de coisas que cabe a nós mesmos mudar. ele sempre diz que sou muito mais culta que ele, mas ele é sábio. e, mesmo com toda a sua pseudo-ignorância, aprendeu uma coisa difícil pra pessoas da idade dele, que já está chegando aos 80: quando fui falar tchau e abracá-lo, me disse pra que não me esquecesse nunca que me ama e que sempre me amou.
isso valeu a tarde, claro.
mas não acabou com a minha tristeza. me deixa mais forte, com certeza.
mas a melancolia ainda está lá, me fazendo pensativa, extremamente lúcida e com medo. consciente das mudanças que tenho que fazer pra que certas coisas tomem outro rumo. mudanças implicam em escolhas e vice-versa e agora é o momento de me escolher. escolher a mim mesma e o que me completar e pertencer que me acompanhe!

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