quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

desenhos, lápis de cor, castelos...


quando eu ouvia aquela música com o toquinho, o caderno ou algo parecido, eu sempre ficava pensando nos desenhos, no sol amarelo e viajava muito mais do que devia. o único lance é que desenhar nunca foi o meu forte. aliás, me limito ao sol amarelo e olhe lá.
tento escrever. alguns dizem que bem, outros não dizem nada. só sei que passei anos vivendo disso, das coisas que passam pela minha cabeça, volutariamente ou não.
já me disseram que meu raciocínio é muito rápido e complexo, o que signifca, pra mim, que eu nem penso porque penso tão rápido que, quando me dou conta, já falei ou já fiz.
dizem que é impulsividade. tá certo que já me colocou em várias roubadas mas também me valeu grandes saídas. quem quiser entender que tente...
sim, eu posso mesmo ser impulsiva, kamikaze (definição da minha terapeuta), mas sem isso, me pergunto pra onde iria minha naturalidade ou espontaneidade.
sei que também uso isso como escudo e muitas vezes me protejo ou me escondo da minha própria timidez. afinal, depois de anos ouvindo "menina, isso é coisa que se fale?", você acaba parando de falar ou se tornando agressiva, às vezes, arrogante, por outras prepotente.
eu sei que não sou tudo isso, mas que não sou nada disso. procuro o meio termo, o equilíbrio que proporcione levar uma vida tranqüila porque me cansei de brigar, de me expor e levar ralada.
a intensidade e a inconstância fazem trio com a impulsividade. não me envergonho delas. se tenho alguma escolha, prefiro conviver com elas e tentar domá-las até onde for possível pra que a vida não passe em preto e branco.
e eu ainda consiga aprender a construir um castelo. claro que com um maravilhoso fosso com jacarés horrorosos, uma ponte elevadiça e um príncipe com um cavalo, que nem precisa ser branco!

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