quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ai que dor de cabeça!




meus fantasmas das madrugadas sumiram. mesmo que eu não durma, eles ficam lá não sei onde, bem quietinhos.

realmente, acho que tenho alma de gato. adoro o silêncio da noite e a impossibilidade de ser solicitada por alguém. alma de gato e de bicho do mato mesmo. essa mania que não desiste de querer ser livre, e não ter que me justificar por nada, seja pela presença ou pela ausência.

simplesmente poder escolher meus momentos. alternar entre o popular e o blasé, o lado metido da vida, fazer o tipinho "desculpe, mas não te vi" ou "eu te conheço"? viver um pouco e passar despercebido, brincar de ser invisível, o que seria extremamente útil na vida real. não pra espiar os outros em momentos inconcebíveis pela mente humana, mas só pra não ter que se explicar o tempo todo.

quer saber? só sei que alguns minutinhos de namorinho bobo no telefone ou palavras doces que descrevem desejos operam milagres.

por isso, estou invisível agora.

nem quero saber de perguntas nem reclamações.

enquanto me faz bem, eu tô nem aí.

quando me fizer mal e eu fizer aquelas tempestades em copos e copos d'água, que me ouçam ou me afundem.

ainda bem que tempestades duram pouco! e toda hora é hora de recomeçar!

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