quinta-feira, 15 de novembro de 2012

de volta a elas

 



o sono não voltou mesmo. vamos tentar as palavras então.
sei que ando com um assunto um tanto recorrente, mas fazer o que? não penso em outra coisa...
mas, nessas últimas horas, fiquei lembrando em como pensava que seria nosso primeiro encontro. é, como que a gente ia se reconhecer no meio dos mais de 7 bilhões de pessoas do mundo.
e parecia tão fácil.
seria assim, bem bobinho (como eu).
certamente, seria numa praça. e a gente estaria andando na mesma direção, vindos de pontos opostos.
você teria flores nas mãos. e eu não carregaria nada.
cansada de olhar pros lados, eu sentaria num banco qualquer e ficaria daquele meu jeito, olhando pra tudo, sem óculos pra ver tudo embaçado e me ocupar tentando adivinhar o que é que tava rolando.
e, sem que eu esperasse, nem você, você ia se cansar também e perguntar se podia sentar ali, de maneira até mal educada, e eu responderia da mesma maneira, olhando pro outro lado, tipo "senta, caramba. tanto banco e você escolhe logo esse, cara chato".
só que eu ia sentir um cheiro. um cheiro que sentia sempre quando pensava em você.
e esse cheiro não viria das flores.
eu ia colocar os óculos, olhar pro lado e dar de cara com você olhando pra mim com o sorriso mais besta do mundo.
e, assim, toda a procura e a espera teriam fim.



engraçado, tirando certas licenças poéticas às quais sempre me permito, foi numa praça. e você não levava flores. e a gente nem chegou a sentar em nenhum banco.
no mais, a procura e a espera tiveram fim.

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