domingo, 18 de julho de 2010

"per mio core" - com direito a licença poética

texto original removido.

na noite de sábado para domingo, eu vi um desses filminhos bobinhos na tv. e era em italiano.
eu, apaixonada pela musicalidade da língua, me lembrei de como eu era doce e inocente aos 17 anos quando comecei a estudar. eu achava a língua pura mágica e, de certa forma, achava que saber falar italiano ia me deixar um pouco como a língua: melodiosa, doce, mas firme, sedutora e coisas afins.
eu estudei na casa di dante, na frei caneca, e aquela casa me parecia um castelo, e eu era a princesa.
a princesa que ia conquistar o mundo com a mágica e a musicalidade das palavras.
enquanto escrevia o texto, eu tinha 17 anos de novo e era doce, inocente e apaixonada.
dias depois, levei um baita fora.
pensei que alguém ia ficar feliz com uma conquista minha, mas não era o momento dele.
e ele é o meu core, como a gente fala. nada de cuore, como no italiano.
o texto todo era pra ele, falando de mim.
fiquei tremendamente triste e ainda estou. era importante pra mim que ele partilhasse daquele momento. mas, como muitos outros momentos, ele não partilhou.
nem sempre ele pode dividir coisas comigo.
nossas vidas têm rumos diferentes.
mas eu pensava na fontana de trevi e imaginava que eu podia, um dia, talvez, conquistar o mundo com uma moedinha.
do texto, já não me sobrou nem a inocência nem a cadência nem nada.

só me lembro de uma frase: "se saudade só existe em português, amore só existe em italiano".
é isso.

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