segunda-feira, 16 de novembro de 2009

um fiapo de vida


é assim mesmo. tem dias em que parece que tudo o que nos resta é apenas um fiapo de vida, como se estivessêmos conectados ao mundo pela famosa linha tênue que separa tudo de tudo. o amor da raiva. o desespero da alegria completa. a vida da morte. a dita normalidade da dita anormalidade.
quanto a isso, eu nunca poderei dizer nada. nunca fui aquela criança ou pessoa que chamam de normal. de perto ou de longe.
sempre tive meus famosos pitis, xícaras na parede, bengaladas no vidro do carro, muitas e muitas portas batidas em eco repetitivo (!!!) e copos de cerveja atirados em quem nem conheço e nem tem nada com meu mau ou bom humor.
qual não foi minha surpresa ao ouvir de um médico que quase a lista telefônica inteira pode ser classificada como "estável emocionalmente".
isso não se aplica a mim. defintivamente não.
sou inconstante, impulsiva, passional, intensa... tudo é sentido até o fim. as dores, as alegrias, as surpresas, os estímulos, tudo.
e é por isso que não gosto de dias como hoje. o sol desvia por trás das nuvens e o dia fica que nem água: inodora e insípida.
chato, chato, chato. puro tédio e calor!

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