quinta-feira, 27 de agosto de 2009

sentido e sensibilidade

deixar que outro corpo tome o seu e faça o que quiser, sinta sua alma e partilhe da sua energia é uma das coisas mais difíceis pra qual encontrar adjetivos agora.
é uma sensação tão ridiculamente simples e altamente completa.
é simplesmente se deixar levar por um caminho desconhecido porque a gente nunca sabe se vai ser realmente positivo.
é deixar medos e amarras de lado e embarcar num barco sem vela ou pular em um rio que pode nos levar a quedas e quedas d'água.
mas também é tão ridiculamente mágico, infinito e indescritível que pessoas ditas especialistas param para discutir o que não deve ser discutido e muito menos definido. não deve existir razão para meros trinta, quarenta minutos ou para uma tarde ou noite inteira.

quem foi que disse que temos que lembrar o sentido de tudo o tempo todo se, justamente quando pertencemos a outro, todos nossos sentidos estão mais do que vivos e, aí é quando mais propriamente fazem sentido???
é naquele momento em que minha boca encontra outra que ela tem razão e motivos para existir e sentir todas as sensações devidas ou não.
não há como dar nomes. sentimentos não deviam ter nomes. sentimentos deixam de ser substantivos para se tornarem subjetivos.
se eu gosto, quem há de me falar que não devo?
se eu quero, quem há de me falar que não posso?
se eu sinto, quem pode me falar que é errado?

me desculpem os sensatos, mas sentir é minha razão para viver.

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