segunda-feira, 31 de agosto de 2009

o que você faz?!


eu penso.

sinceramente, por que existe gente que acha que se, aparentemente, a gente não faz "nada", a gente não existe nem é feliz?

eu penso. e penso muito. tanto que algum tempo depois me esqueço no que estava pensando inicialmente porque um pensamento desencadeia outro e eu me perco.

domingo a tarde e eu assisti pela nem sei que vez a "pescador de ilusões". me lembro bem que, ao assistir o filme pela primeira vez, nem me passava pela cabeça passar por tudo que já passei depois.

poucos param para pensar que quem pensa também sente. e sente muito. e em boas partes das vezes, se perde em um mundo bem diferente deste que a gente vê nas ruas todos os dias. muita gente "perde o juízo", coisa nem sempre vista com bons olhos.

mas muitas vezes é justamente ao perder o juízo que a gente começa a aprender a ver realmente a razão pela qual viver. porque, viver como pré-estabelecido é muito fácil: você nasce, estuda, casa e trabalha. e, pré-requisito básico, não faça pergunta difíceis. simplesmente se deixe levar pelo vácuo.

é tudo tão fácil. depois de alguns anos e filhos, você se aposenta e depois morre. e dizem que você "descansou" finalmente.

desde quando viver passou a ser um fardo do qual você precisa descansar depois?

a vida deveria ser simplesmente divertida. eu sempre penso que os dias guardam segredos que os anos desconhecem.

quem garante que você vá se lembrar daquele dia que a chuva parece ter abraçado seu corpo quando você mais precisava de um abraço. e que toda a sua angústia correu pela sarjeta junto a água da chuva?

bem, a certa altura da minha vida, eu descobri as perguntas difíceis e escolhi viver. posso assegurar que não é fácil e que, em vários dias, você perde mesmo o juízo, você chora e se questiona.

mas também você se permite ser inocente, fazer perguntas bobas e encontrar a si mesmo. deitar nú em um parque e olhar estrelas, ter amigos e conservar aquele instinto de criança que ainda se surpreende com as respostas da vida.

ser adulto é muito chato se você não perde o juízo ao menos uma vez e percebe que brincando é que se vive a vida.

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