domingo, 25 de abril de 2010

quereres


nossa, há quantos dias não me sento aqui pra pensar e colocar minhas idéias em ordem. sam shepard dizia que escrevia pra organizar seu mundo.
tento fazer o mesmo, mas nem sempre dá certo.
hoje o dia foi dos mais morosos possíveis, depois de uma noite estranha de sonhos estranhos.
fico em dúvida em relação a minha consciência. será o mau sono reflexo de contrariedades inconscientes?
não sei e nem cogito resposta.
só que que só faço pensar. e o peso dos meus pensamentos durante todo o dia foi grande.
tenho decisões a tomar, como qualquer pessoa normal em qualquer dia normal.
mas me sinto paralizada, em dúvida profunda em relação aos meus quereres e não quereres. estou longe de minha gatinha que, como uma espécie de consciência remota, me ajuda a tomar decisões baseadas num simples olhar.
os olhares dos gatos nunca são simples, a bem da verdade.
mas seu jeito de olhar, parar, olhar pro lado ou ir, vagarosamente, fechando os olhinhos me diz muito mais que muita gente.
me sinto só e, ao mesmo tempo, rodeada de pessoas que esperam por minha decisões.
e isso me incomoda tanto. nunca quis que ninguém me esperasse pra nada. que nunca dependesse do meu querer.
mas nem tudo é exatamente do jeito que a gente quer.
hoje mesmo, não queria muito mais do uma enorme banheira com água quentinha e um botão de liga/desliga pro meu cérebro. propostas pra acabar com minha dor de cabeça.
mas, nem banheira nem botão.
e uma vontade imensa que essa dor que me comprime o cérebro diminua e me deixe dormir em paz.
eu, meu corpo, minha mente, todos precisamos de uma noite tranqüila.
eu só quero isso e mais nada.
falei!

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