terça-feira, 31 de janeiro de 2012

naqueles dias...


e, de repente, você se encontra num daqueles dias. daqueles em que você simplesmente se pergunta porque abriu os olhos, colocou seus pezinhos pra fora e insistiu em sair daquela cama que te abraçava de maneira tão confortável.
e aí, você mesma olha pra dentro de você e tá lá estampada em letras garrafais a resposta: você cresceu. deixou de ser um menino assustado ou uma menina tímida e se tornou essa coisa chata que costumam chamar de adulto.
é, porque não adianta você esquentar o termômetro no abajur, mostrar pra sua mãe e fazer cara de choro pra não ir trabalhar. você simplesmente tem que encarar essa coisa maçante que faz parte do que é ter uma vida própria, andar com as próprias pernas e se quebrar inteira.
não adianta - é quase inevitável. faz parte do que é crescer, do que é viver, do que é sentir.
não adianta a gente ainda querer se esconder embaixo da cama. chega numa hora em que ou a cama é baixa demais ou você que realmente cresceu ou engordou um pouquinho a mais. você não cabe mais embaixo dela, nem dentro do armário nem naquele jeans que te deixava com cara de má e rebelde.
é, agora você usa salto alto, máscara pros cílios e até curvex. você não usa mais uma mochila cheia de bottons da sua viagem do intercâmbio. você usa óculos. você paga imposto de renda e ainda tem plano de saúde e, se bobear, plano de previdência privada.
não adianta. ser adulto pode ser chato. mas também pode ser mágico, pode ser libertador, pode ser assustador e pode ser fascinante.
mas, até hoje, não conheço ninguém que tenha realmente passado pela vida sem passar também pela maturidade.
depois de um tempinho, a gente percebe que tem coisas que só ela traz, só ela te dá e só ela pode te fazer lembrar ou esquecer.
é justamente por isso que a gente insiste em levantar da cama todos os dias. porque viver entocado não é exatamente viver.
punto e basta!

sábado, 28 de janeiro de 2012

momento mãe e filha


tá, então tá. eu sou assim e pronto acabou. não tem jeito, não vou mudar. não adianta. já tentei e me estrepei. então, pronto: eu sou assim, complicada e nem tão tão perfeitinha.
e porque eu tô escrevendo isso?! porque horas eu tô teen demais, horas eu tô séria demais, horas eu tô mal humorada demais, horas eu falo demais, horas eu rio demais. horas eu tô chata demais.
ao menos é demais e não de menos. eu não suportaria ser nada de menos. por isso eu sou assim como eu sou: demais. intensa, passional, intempestiva e impulsiva. e, me desculpem, mas eu repito: eu não vou mudar. não vou porque não quero.
gente, o mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas, porque eu? procura outra pra encher o saco e criticar. deixa pra lá, não vai rolar. desiste.
se eu gasto demais, eu pago. se eu falo demais, eu assumo. se eu dou risada demais, desculpe, mas devo ter meus motivos.
então, volta pro mar, oferenda. canta pra subir e me deixa.
eu sou assim. não gostou, já falou, já ouvi e beleza.
não tenho culpa se você tem que passar o resto da vida comigo porque é minha mãe. eu não pedi pra ser assim, nem você. então, vamos combinar uma coisa: você não vive sem mim, não aguenta. e eu amo você. basta a gente se respeitar e você não me acordar na hora errada falando alto que eu me comporto, tá?!?!
outra coisa: se conforme. eu vou continuar usando as roupas que eu gosto e não as que você gosta. e esquece do batom. nem morta eu vou "passar um batonzinho". tentei gloss, mas meleca. de vez em quando, eu até abro uma exceção.
eu não vou reclamar da tv alta demais, nem do rádio.
não vou estourar seu cartão de crédito.
não vou passar dos 70 naquela avenida e levar outra multa.
não vou ficar comendo porcaria as 4 da manhã, com raras exceções pra quando você estiver dormindo.
nem vou mentir pra você, portanto vou parar de prometer coisas pra você por aqui pra não ter que mentir. porque é óbvio que todo o resto vai continuar do mesmo jeitinho.
combinado?!
é isso.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ow ow ow


últimos dias de um janeiro que passou sem ter passado.
por isso que eu nunca viajo na janelinha. eu não gosto de ver o mundo passando pela janelinha. esse coisinhas me irritam.
assim como tantas outras.
é. eu ando irritada demais ultimamente, meu ano não começou às mil maravilhas, nada aconteceu que fizesse "a" diferença e eu já tô quase começando a esperar o ano que vem.
mas, como boa ariana, ainda me resta o ano zodiacal que começa com áries. e com a guerra, a vontade, a briga, a gana por dias melhores.
é, que sabe.
e, também, quem não sabe?
só sei que ainda estou acordada quando tenho que encarar um dia de trabalho que não tem nada pra ser o melhor deles depois de 20 dias confinada em meu quarto, meu humor tá quase lá na lua e eu precisava só de mil reais a mais na minha conta pra chutar o pau da barraca. nada mais que isso. uma tarde de compras descabidas no shopping também ajudaria, but...
já dava pra começar.
porque essa sim é uma palavra que vale milhões: começo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

back to the world


(será que vale a pena?!?!)
meus dias de dengue acabaram.
e com eles foram outras ooisas. muito tempo pra nada dá nisso. você sempre acaba fazendo besteiras, pensando besteiras, sendo precipitada, etc, etc, etc...
nem sei se meu emprego sobrou porque foram praticamente quase 20 dias enfurnada dentro de casa sem sair pra nada. sei lá se meu querido, prestimoso e amado chefe vai querer a minha volta. ele já acha que eu o deixo na mão mesmo que eu faça 400 roteiros em 400 minutos. nada nunca é bom o suficiente.
nem queria - claro - ver a luz do sol.
meus pensamentos, sempre confusos e embaçados, ficaram ainda mais confusos.
internet é uma merda. você não saí de casa por nada e ainda assim o mundo vem até você, mesmo você não querendo.
deailusões, coisas chatas, gente chata.
sinceramente, é nessas horas em que você para pra pensar e pensa se sua vida tá no caminho certo, a resposta - quando se pensa nisso - é sempre a mesma: um sonoro NÃO. sua vida tá uma merda mesmo, não adianta se esconder. não adianta ter dengue hemorrágica, não adianta querer se isolar do mundo porque o mundo se enfia no seu quarto e teima em não sair.
ai que saudade do telegrama do meu irmão no dia do meu aniversário de 19 anos, ainda em são paulo. mensagem: que a força esteja com você. perfeito. ele foi até a agência central dos correios - porque só de lá mandavam telegramas e escreveu naquele papelzinho. agora, é um tal de telegrama online que deus me livre.
ai, queria o mundo de volta. queria a simplicidade ou a dificuldade das coisas antigas mas honestas, sinceras, queria as cartas e não os emails quando os assuntos ainda importam.
não queria esse imediatismo todo.
só queria um pouco de romance...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

plis

incapaz





largada, dores insuportáveis, totalmente entregue e cansada. quero sair daqui!!!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

ainda...





toda vez que amanheço
de porre, sem ter bebido,
é prenúncio de tempestades...

eu só quero chocolate!!!






ou um pote de mel.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

hoje, amanhã, depois...

e me coloco hoje, no final da tarde, a ler alguns dos textos escritos no começo do ano passado... quanto pessimismo cabia numa só pessoa?! quanto desencanto, quanto desencontro, quanto nada a ver?!
realmente, o ano passado não foi nada fácil e, além de não fácil, foi mesmo muito difícil. lembro de voltar sozinha, numa estrada chuvosa, no dia do meu aniversário, de uma cidadezinha mais ou menos próxima, ouvindo rita lee cantando beatles e eu pensando em cada letra, no que cada uma tinha a ver com meus anos de vida, o que cada cidade pela qual eu passava representava: alguma coisa ou nada.
realmente, tantos desencontros...
por mais que eu tentasse, eu nunca encontrava nada do que procurava ou do que queria.
e, hoje, me vejo pensando em tudo novamente.
não tem muita coisa que mudou não.
continuo perdida num grande mar de interrogações e, quando eu acho que estou achando alguma coisa, perco de novo.
tenho um pouco de tudo, mas de intuição, acho até que tenho muito. e sei que perdi de novo. nem tive mas perdi...
falei.

bonequinha de luxo?!

eu amo pessoas que me fazem rir. honestamente, penso que dar gargalhadas é o que eu mais gosto de fazer. elas curam uma infinidade de males. são provavelmente o mais importante em uma pessoa.



audrey hepburn

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

tempo perdido?


Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...

Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...

Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...

Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...

Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...

Tão Jovens! Tão Jovens!...

super digno de copiar!



‎'Mãe, você só reclama de mim, mas você não sabe quantas vezes eu virei o chinelo para salvar a sua vida!'

De: Blog Chocolate com Pimenta

O QUE HÁ


O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas
Essas e o que falta nelas eternamente
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,

Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

e se...





se não foi hoje, um dia será.
algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.

dia de cama


pois é. não é que a esse momento da vida, eu fiquei sabendo o que são cólicas?!?! preferia, peloamordedeus, continuar minha vidinha sem saber. ô dorzinha chata e persistente, teimosa.
e dá-lhe remedinho. e a pressão cai. e a pessoa fica imprestável largada e se sentindo o cúmulo da inutilidade. muito chato.
mas a gatinha continua ali, firme e forte e não me abandona um segundo. qualquer movimento e a orelhinha levanta. realmente, amor como esse eu acho que nunca mais conheço na vida. são mais de dezessete anos sempre assim, do meu lado, faça chuva ou sol.
apesar da dorzinha chata, é tão bom saber que ela tá aqui. linda e fofa cuidando de mim e não eu cuidando dela.
é, a gente acha que somos nós os protetores e nem percebemos os anjos ao nosso lado!
e obrigada aos deuses pelo melhor presente do mundo: esse amor todo que nunca me pede nem cobra nada!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ainda...







desisto de tentar entender as escolhas da vida.

a primeira segunda do ano!


jesuis, que vontade de voltar pra cama.
te juro que meu dia ontem foi de f... santa paciência, robin.
ah, os homens. ou, ah, as mulheres. ninguém merece nenhum dos dois, vamos combinar...
a gente entende tudo errado sempre. principalmente, nós, mulheres que temos praticamente a obrigação de entender quase todos os deslizes masculinos.
eu cansei. se sequer me entendo, imagina o trabalho de entender um ser que veio de outro mundo, outro espaço, com a mentalidade quase tosca.
ou, como diria meu médico, tosca, rústica e sistemática.
te juro, eu conheço tal ser com as exatas definições.
e, somando tudo, no final, além de cansaço, me sobra tédio.
porque, me desculpa, mas a população masculina, com raríssimas excecões, deveria ser dizimada.
incluindo o tosco, rústico e sistemático!
falei!

domingo, 1 de janeiro de 2012

receba tudo com a mesma alegria, todos os dias!


mensagens de final de ano me cansam demais. é tudo tão de fora pra fora porque, acho sinceramente, que ninguém vai mudar realmente em alguma coisa só porque a "folhinha" na parede mudou.
e esse papinho todo me cansa de um tanto. ótimo, um novo ano pras mesmas atitudes idiotas. não precisa mudar o ano no dia primeiro de janeiro, mude todos os dias. veja que você realmente faz merda em quase todos os dias e decida-se por mudar antes de fazer a próxima. é assim que acho que o ano realmente muda, quando a gente vai mudando ele pouco a pouco, prestando atenção nas coisas pequenas que podemos mudar sincera e simplesmente.
sem festas, sem cachorros se matando de tanto latir por causa dos fogos. experimente soltar um fogo de artifício a cada conquista sua. te garanto que não será o único. todos os dias coisas maravilhosas acontecem e quase ninguém fica sabendo.
aí, vem essa tolice de retrospectiva e wow! quanta coisa boa e quanta coisa ruim.
amigo, do teu lado tem alguém precisando não de um ano, mas de um simples motivo pra continuar a sorrir. faça esse favor e mostre que a gentileza ainda não morreu. mostre que dentro de cada um tem um fogo de artifício aguardando pra fazer barulho. o mundo não precisa só de comida que vai reciclada nas mesas de quem pode por um mês, mas de atitude.
eu não sou ninguém pra falar nada. eu não fiz nada que mudasse o mundo nem tenho a mínima esperança de que farei.
mas, te garanto, que consigo mudar os dias de muita gente. apenas sendo verdadeira, solidária e gentil.
e tendo esperança de que assim entendam porque eu não sou só um bobinha. mas um pessoa que realmente gosta de quem gosta e quer que o mundo mude pra que a gente possa continuar a ser feliz.
a todos os meus amigos, aos poucos que conhecem sophie fisher, uma vida linda, preenchida por dias e anos lindos.
é isso.